Mais de cem funcionários da Guerra S.A., empresa atuante no ramo de implementos rodoviários, se mobilizaram na manhã desta quinta-feira, dia 20, cobrando explicações da empresa e o pagamento do restante do salário que está atrasado.
O movimento teve início às 07h. Por volta das 07h40, representantes da empresa chamaram cinco funcionários e diretoria do sindicato da categoria para explicar o momento atual.
De acordo com informações do Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores receberam até esta data, 40% dos vencimentos.
Assis Melo, presidente do sindicato, ressalta que a empresa passa por um processo jurídico e precisa ter cautela, mas garante que o salário que falta ser pago, será quitado na segunda-feira, dia 24.
“O impasse sempre é jurídico e existem trâmites legais, questões sempre delicadas. Uma parte dos trabalhadores de chão de fábrica que ainda não receberam seu salário, vão receber segunda-feira”, completa.
Há três semanas que a produção está praticamente paralisada na empresa. Em relação ao momento que vive a Guerra, que atualmente conta com cerca de 830 funcionários, segundo o sindicato, é de cautela e de esperar uma definição judicial.
“Eles (empresa) aguardam uma definição judicial para saber se existe legalidade no aporte financeiro do fundo de investimentos e os investidores querem garantias”, ressalta Assis.
O valor, que passa por perícia judicial, gira em torno de U$ 10 milhões.
A definição sobre o retorno dos trabalhadores à fábrica ficou para esta sexta-feira, dia 21. Se a empresa retomar a produção, os funcionários retornam na próxima segunda.
A Guerra Implementos Rodoviários entrou com processo de recuperação judicial em julho do ano passado, por conta de uma dívida de R$ 212 milhões. Uma das maiores empresas do segmento da América Latina, foi adquirida pelo Axxon Group, em 2008.