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Fenavinho virou tabu

Fenavinho virou tabu

Pois se tem um assunto que definitivamente virou tabú nesta terrinha ele se chama Fenavinho. Não há uma voz que venha e assuma algum discurso: positivo ou negativo em relação à realização da festa e antes disto em relação ao que fazer com quem trabalhou e ficou se ver a cor do dinheiro. Se fala em 1,1 milhão ou 1,3 milhões e simplesmente não há de onde tirar esta grana.


Em tempos de bonança se diria facilmente que nem é tanto dinheiro quanto a festa sigifica para a cidade e que a prefeitura, via aprovação da cãmara de Vereadores deveria aprovar o repasse dos recursos. Tivemos até uma CPI para apurar o que houve. Sabe no que redundou a CPI? Em nada. Pelo contrário, o relator e presidente da CPI foram os autores de proposição de homenagem a um dos depoentes e antigos diretores. Talvez a homenagem até fosse justa, mas no contexto ficou mal explicado.


Pois soube esta semana que o prefeito Guilherme Pasin incumbiu o secretário de Cultura Jovino Nolasco de Souza – não por acaso ele que comandou três Fenavinhos pra lá de exitosas – para ouvir antigos presidentes e diretores, além de empresários ligados ao setor, para fazer um relatório conclusivo sobre a próxima festa. Ou seja recolher impressões, pontos positivos, aspectos negativos, modelo e data para a festa se realizar.


O homem fará três reuniões por dia nos próximos 15 dias e tem a incumbência de já nos primeiros dias de dezembro apresentar um relatório ao Prefeito. A tendência é encontrar uma data em 2016. Há, porém, três inconvenientes: em fevereiro daquele ano tem Festa da Uva em Caxias, estaríamos rompendo uma combinação de alternar os anos, ou seja ano ímpar para a Fenavinho, a nossa última foi em 2011 e ano para para a Festa da Uva; segundo e terceiros inconvenientes, 2016 é ano de eleições e em junho tem a Expobento. Por isso a data melhor seria fevereiro.


Jovino sabe, eu sei, as pessoas sabem, que há uma pessoa do trade turístico que normalmente tem ideias fechadas sobre estas questões,. Aliás, ele pode até mudar de ideia, mas por convicção própria, nunca sendo convencido por outros. E se esta pessoa não gostar da data proposta, melhor mudar a data, porque senão os empecilhos virão sob as mais diferentes formas.


Mas a boa notícia deste final de ano é esta: a Prefeitura está disposta a reiniciar a discussão sobre a realização de uma nova Fenavinho. Possivelmente vem tudo novo, esqueçamos o passado recente. Se for para o bem, que mal tem?