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Falta de material atrasa recuperação da BR-470

Falta de material atrasa recuperação da BR-470

O atraso da Petrobras no fornecimento de cimento asfáltico de petróleo (CAP) para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, além da falta do material nas subsidiárias da empresa em todo o sul do país, já afeta as ações de manutenção das rodovias mantidas pelas superintendências regionais do Daer, como o Crema Serra.

 

Desde o início da semana, as obras previstas para rodovias da Serra Gaúcha, como a restauração da BR-470 prevista para iniciar em Nova Prata já sofrem com a falta do material, que não é fornecido desde o dia 7 de abril.

 

A Petrobras confirma a interrupção do fornecimento, que teria sido causado pelo rompimento de um duto que liga uma das boias aos navios no terminal da Petrobrás em Tramandaí, o que teria prejudicado a entrega do óleo. Em nota publicada nesta terça-feira, dia 17, o Daer afirma que “depende diretamente do envio de material asfáltico para o andamento de suas obras e serviços na malha viária estadual sob sua jurisdição” e informa que notificou a Petrobrás “no intuito de adverti-la a cumprir os termos do contrato de fornecimento”.

 

Mesmo assim, o início das obras na BR-470 não deve acontecer antes de junho, acredita a Superintendência Regional do Daer em Bento Gonçalves.

 

Enquanto a situação não for normalizada, as equipes da Traçado, empresa responsável pelo Crema Serra, realizarão trabalhos de drenagem no trecho da rodovia. Outro problema que impede o início do recapeamento é a instalação da usina asfáltica em Veranópolis, que ainda depende da definição do fornecimento de energia. A Traçado informou que as obras na ERS-324 não foram afetadas.

 

 

Como faltam poucos metros para terminar o trabalho, a empresa optou por manter o ritmo mesmo com o custo elevado de adquirir o CAP em São Paulo.