O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) esteve em Farroupilha no final da tarde desta quarta-feira, dia 24. O pré-candidato à presidência nas eleições de 2018 participou de um encontro do partido realizado no Parque dos Pinheiros. Em entrevista coletiva, Ciro Gomes abordou os principais assuntos do país, impeachment de Dilma Rousseff, economia e o governo interino de Michel Temer.
Questionado sobre o impeachment de Dilma Rousseff, Ciro Gomes enfatizou que se trata de um golpe "Nós estamos lutando pela defesa da democracia, da regra da constituição, contra aquilo que nós entendermos ser um golpe. A medida em que se rompe a regra, isso desestabiliza completamente a institucionalidade do país e sinaliza para uma crise crônica. Acho que o próximo ciclo da crise seja o próprio Michel Temer o traidor golpista quem vai experimentar, na medida que os grandes interesses que se reuniram para derrubar a presidente Dilma, nenhum deles é centralmente favorável ao Michel Temer", afirmou o ex-ministro.
O ex-ministro comentou também sobre a realização de um plebiscito para adiantar as eleições, de acordo com ele o plebiscito é inviável "Eu brinco que isso é uma "marinice", porque é muito simpático, a gente esta em uma situação em que a chamada para o povo brasileiro, pra ele próprio escolher a solução é extremamente simpática. Mas para que o plebiscito foi possível, nós teríamos que primeiro, ter uma emenda a constituição votada por 3/5 da Câmara Federal que ainda é em parte importante controlado por esse marginal chamado Eduardo Cunha; Segundo, teríamos que votar essa mesma emenda em dois turnos no Senado, com 3/5 controlado por uma quadrilha em que pontificam Romero Jucá, Renan Calheiros, Renilson Oliveira entre outros, em nenhum circunstancia eu vejo essa possibilidade acontecer; Terceiro é completamente leviana essa ideia de plebiscito, que apenas serve de argumento para uma turma que quer ficar em cima do muro, quer trair o povo, mentindo que gostaria que o povo viesse resolver essa questão" destacou.
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Outro assunto abordo na entrevista coletiva, foi a pré-candidatura à presidência nas eleições de 2018, Ciro Gomes afirma que atendendo um pedido do partido será candidato em 2018 "O meu partido quer que eu diga que sim, e eu estou cumprindo com isso, mas eu voltei para luta depois de 10 anos afastado da política, porque a medida que esse golpe ameaça o país, ameaça conquistas importantes, eu me senti obrigado a aceitar a convocação do PDT e volta pra luta, se eu vou ser mesmo candidato o tempo vai dizer", afirma Gomes.
No final Ciro Gomes enfatizou que não acredita na melhora da economia brasileira apontada por especialistas, uma vez que os números mostram o oposto.
