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“Estão nos tratando como cachorros”, diz funcionário demitido da empresa Guerra

“Estão nos tratando como cachorros”, diz funcionário demitido da empresa Guerra

A demissão de 180 trabalhadores da empresa Guerra S.A. no dia 17 de novembro segue repercutindo em Caxias do Sul. Nesta sexta-feira, dia 2, cerca de 50 funcionários demitidos e pessoas ligadas ao Sindicato dos Metalúrgicos voltaram a protestar às margens da BR-116, em frente à sede da empresa.

 

A Guerra, por meio de nota oficial, já deixou claro que não tem condição de pagar a rescisão dos funcionários demitidos à vista. O Sindicato dos Metalúrgicos tenta uma negociação com a empresa. 

 

Na manhã desta sexta, Elisandro Gonçalves, um dos manifestantes, voltou a reclamar da situação.  “A gente tem funcionários com 30 anos de empresa que deram o suor aí dentro. Trabalhava sábado, domingo, deixava a família em casa. Agora estamos aí, jogados, e a empresa não se posiciona. A empresa está nos tratando como cachorros para falar a verdade. É triste ouvir relatos de colegas que não tem mais cinco reais para vir trabalhar”, disse.

 

Anderson Finger, de 32 anos, também cobrou um posicionamento da empresa em relação ao pagamento das verbas rescisórias. “O posicionamento da Guerra é de que não estão disposto a pagar nenhuma verba rescisória para a gente. Estamos aqui desde o dia 18, gastando, correndo atrás, meus filhos estão precisando. Todos que estão aqui precisam dos direitos”, declarou.

 

Os trabalhadores continuam acampados em frente à empresa, aguardando um desfecho para o caso.

 

Demissões também na Silpa

 

Os trabalhadores da empresa Silpa, demitidos no dia 25 de novembro, também protestaram em frente à sede da empresa na manhã desta sexta-feira. Ao todo, 16 trabalhadores foram demitidos. A assembleia foi organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.