Eles estão felizes

Com esta preferência clubística há muito tempo professada, colorado que sou, não tenho como simplesmente ignorar o momento que vive o futebol do Rio Grande do Sul. O Grêmio no céu azul, o Inter no inferno vermelho.

Outro dia, diante de mais um insucesso rubro, frente ao Corinthians, novamente com ajuda da arbitragem – não que fosse necessário, nem que o Corinthians, inimigo histórico fossem decisivos nesta jornada descendente – brinquei no facebook, dizendo que me ausentaria por uns seis meses.

Aí ontem uma vitória retumbante e sem contestações do tricolor. Deixaram apenas uma pequena frestinha aberta para o próximo jogo, mas o Galo foi tão amassado que duvido terem força para reagir.

A verdade é que nestas horas dá mesmo vontade de sumir. Gosto das brincadeiras espirituosas. A do mascote Saci e ter um pé na segunda divisão. Do time do Lisca perder para os cones num treino. Mas tem as grosserias. Lógico que tem torcedor idiota de lado a lado e aí sofre todo mundo igual. Mas há que ser forte e engolir. Afinal, não fomos nós colorados que durante 15 anos fizemos bullyng com nossos coirmãos? Durante bem mais tempo bradamos orgulhosos aquele coro pra lá de abusivo: “ão, ão, ão, segunda divisão”? não somos nós os campeões de tudo? (ôpa, nem tudo, falta a série B, que parece certo, agora teremos chance de conquistar). Mas atenção: de forma alguma disputar a série B quer significar garantia de título, a ponto de que o Grêmio chegou a fazer DVD  que vendeu muito naquela ocasião.

Esta semana mesmo andei lendo relise acerca do desempenho do setor da construção civil em Bento. A queda nas vendas era de mais de 16%. Apesar da desaceleração na construção, o estoque de imóveis aumentou. Ou seja, teve encalhe. Ainda assim há quem venda a ideia de que o momento é bom e que o setor aposta na volta do crescimento. É um ponto de vista que expressa um desejo e não o fato.