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Deputados caxienses aprovam cassação de ex-presidente da câmara Eduardo Cunha

Deputados caxienses aprovam cassação de ex-presidente da câmara Eduardo Cunha

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve seu mandato cassado na noite desta segunda-feira, dia 12. Foram 450 votos favoráveis e 10 contrários à cassação. A votação ainda teve nove abstenções. Além de ter o mandato cassado, Cunha teve os direitos políticos suspensos por oito anos.

 

Como já haviam anunciando abertamente, deputados federais Mauro Pereira (PMDB) e Pepe Vargas (PT) votaram a favor da cassação de Cunha.

 

O deputado federal Mauro Pereira, que tinha uma relação mais estreita com ex-presidente da câmara, defendeu que todos os envolvidos em casos de corrupção sejam punidos. “Eu sou uma pessoa que respeita a pessoa até o momento em que começa a aparecer seu lado negativo na política, como é o caso do Eduardo Cunha. No momento em que Polícia Federal e o Ministério Público Federal começaram uma investigação na vida dele apareceram os esquemas de corrupção dele, que ele estava envolvido no mesmo grupo que saqueou a Petrobras. Eu não posso compactuar com pessoas corruptas. No momento oportuno, eu votei pela cassação do Eduardo Cunha e como o farei para qualquer político que tiver problema de corrupção”, disse.

 

O deputado federal Pepe Vargas (PT) foi na mesma linha. “Na realidade o deputado Eduardo Cunha foi cassado por quebrar o decoro parlamentar e o código de ética, ao omitir na declaração de bens que tinha conta no exterior. É evidente que ele tinha que emitir, porque as contas eram irrigadas com recursos provenientes da corrupção na Petrobras”, declarou.

 

Pepe ainda destacou o número de políticos investigados na Lava Jato. “O deputado Eduardo Cunha, uma liderança importante do PMDB, teve um papel importante para colocar o Michel Temer na cadeira presidencial é só a ponta do iceberg. Nós temos aqui no plenário da câmara, em torno de 160 parlamentares de todos os partidos sendo investigados ou já respondendo processos junto ao Supremo Tribunal Federal”, lembra.

 

 

Após o afastamento de Eduardo Cunha, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) havia sido eleito para presidir a câmara.