Memória LEOUVE

Demora no atendimento gera tumulto no Postão 24h em Caxias

Demora no atendimento gera tumulto no Postão 24h em Caxias

A demora no atendimento do Postão 24h é um empecilho para quem precisa utilizar a saúde pública em Caxias do Sul. Nesta quinta-feira, dia 2, após mais de oito horas esperando atendimento, alguns pacientes se revoltaram.

 

A espera para ser atendido pela segunda vez somente nesta semana no Postão 24h gerou a revolta de Jean Decesaro, de 44 anos. Além da demora, a reclamação dele também é quanto à qualidade do atendimento. “Eu tenho cálculo renal, terça-feira fiz os exames, hoje tive que fazer os mesmos exames. Terça fiz os exames do cálculo renal, peguei o resultado, o médico não me examinou e eu fui pra casa com um remédio, mas voltei com uma dor pior que eu tava”, relata. “Terça-feira peguei os exames cinco da tarde e fui entregar o exame às 11h30min da noite. Hoje eu estou desde às 8h da manhã aqui. Peguei os exames às 15h40min e estou aqui para mostrar o exame e até agora nada” finaliza.

 

Por volta das 17h desta quinta-feira, cerca de 150 pessoas ainda aguardavam atendimento no Pronto Atendimento.

 

Mulher reclama de agressão e Guarda Municipal contesta versão

 

Também na tarde desta quinta-feira, dia 2, uma mulher afirmou ter sido agredida no local. Conforme testemunhas, a mulher que afirmou ser agredida estava acompanhando o marido, que está no local desde ontem por estar com suspeita de H1N1. Devido à demora na solução para o caso do marido, os ânimos se exaltaram e a mulher perdeu a paciência, dando um soco no vidro que separa os pacientes dos funcionários do Pronto Atendimento.

 

Quando ela se exaltou, profissionais da Guarda Municipal a retiraram do Postão 24h. A reportagem do Leouve foi até o local, mas não encontrou a mulher.

 

Conforme o Diretor da Guarda Municipal Ricardo Fugante, a mulher não foi agredida e estaria tumultuando o ambiente desde ontem, quando inclusive ela teria agredido fisicamente uma funcionária do local. “O marido dela está com suspeita de H1N1, aí ontem ela teria agredido uma funcionária, foi chamada a Brigada Militar e possivelmente já havia sido feito um registro contra essa mulher. Hoje ela iniciou novamente uma confusão, então os guardas pediram para ela se acalmar e se retirar do ambiente interno para evitar transtornos para os pacientes que estão aguardando. Quando o rapaz pediu para ela se retirar, ela começou com os xingamentos. O marido dela quis se levantar para tentar agredir o guarda e foi aí que o guarda apenas colocou a mão arma não letal, para se defender”, relata Fugante. 

 

O homem só teria se acalmado com a chegada de um segundo guarda, mas a mulher seguiu indignada. “Quando chegou o outro guarda, ela começou a desacatar e xingar todos os funcionários do Pronto Atendimento. Os guardas tiveram o bom senso de não levar ela presa em virtude da situação que se encontra, principalmente pelo marido estar passando por uma situação difícil. A arma não letal é para conter agressões e proteger o ambiente, a mulher estava como acompanhante perturbando, então esse foi o procedimento”, esclarece.