Os cerca de 180 funcionários que foram demitidos em massa da Guerra S.A, de Caxias do Sul, no dia 18 de novembro, rejeitaram a possibilidade de parcelamento da rescisão, proposta por representantes da empresa em reunião nesta quinta-feira, dia 24.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudecir Monsani, a não apresentação de garantias confiáveis foi o fator predominante para a recusa dos trabalhadores à proposta de parcelar em doze vezes os valores e, também, baseado nas leis de recuperação judicial que, segundo ele, protegem as empresas.
“A lei da recuperação judicial diz que toda e qualquer transação que seja feita dentro da lei tem que ser paga à vista, porque depois não pode ser cobrada. Não é que não pode, é que a empresa não tem compromisso nenhum de pagar e a questão das verbas rescisórias não é diferente. Vai abrir um processo na Justiça do Trabalho, a empresa paga se quer, se não pagar se dá um crédito a ser habitado na recuperação judicial e daqui talvez, cinco, dez, 25 anos você receba, ou nunca mais receba. Então, o sindicato dos trabalhadores não tem como aceitar”, salienta.
Na manhã desta sexta-feira, os ex-funcionários fizeram um novo manifesto em frente ao portão da empresa Guerra na BR-116, no bairro São Ciro. Na segunda-feira, dia 21, os trabalhadores também realizaram ato em frente a fábrica.
Os trabalhadores paralisaram as atividades nesta sexta-feira, o que também deve acontecer neste sábado, dia 26.
Não há, ainda, uma definição de nova data para o encontro do Sindicato dos Metalúrgicos com a empresa e Justiça do Trabalho. A Guerra S.A. entrou em recuperação judicial no ano passado.