Memória LEOUVE

De Trump à escola Alfredo Aveline, nada será como antes

De Trump à escola Alfredo Aveline, nada será como antes

Sei que nada será como antes amanhã, Sempre gostei da música do Fernando Brant magnificamente registrada nas vozes de Milton Nascimento, Elis Regina e outros. Fala de amizades, de futuros imprevisíveis, da vida de cada um que muda com a ventania em qualquer direção.

 

 

Pois se a vida é assim todos os dias, há momentos em que é mais assim ainda. Venham o 11 de setembro de 2001. Agora a eleição de Donald Trump. Eu não gostei e não tenho vergonha de dizer porque os conceitos dele não batem com os meus. Vejo gente criticando a imprensa que “torceu” pela vitória de Hillary e dizendo que a imprensa brasileira não cumpriu seu papel de bem informar pois não conseguiu prever a virada. Ora, por favor, a imprensa americana e até mesmo o institutos de pesquisa não conseguiram antever o resultado. Dava Hillary como favorita. Na melhor das hipóteses, ou na pior, ela venceria com pequena percentagem.

 

Penso que Trump era a pior escolha simplesmente porque a postura dele não era e nunca foi de alguém muito sério. Pra ele perder um bilhão hoje, ganhar dois amanhã, tanto faz. Ainda terá considerável segurança. Com Trump mudam valores, mudam personagens. Novas abordagens, outras convicções e práticas. Sai humanismo entra armamentismo. A lei do mais forte.

 

Mudar em si não é o pior. Ruim mesmo é mudar para pior. Quando Obama se elegeu houve elevo, celebração. Agora justos motivos de preocupação e vocês podem achar que sou muito medroso. Mas me acostumei a não esperar muito de onde não se deve esperar. Tipo Celso Roth escalando o Ariel pro Inter ganhar. Não dá.

 

 

Mas ok. O homem se elegeu e vamos torcer para que quem assuma o poder não seja o personagem maluco da campanha. Como não tem PSDB nos EUA duvido que haverá movimento pelo impeachment.

 

E ainda falando em mudanças semana trouxe a notícia do fechamento do ensino médio noturno na escola municipal Alfredo Aveline. Fiquei chateado, afinal se houve muita notícia boa vindo ali do Borgo. Mas aí fui ouvir as razões e fica difícil não aceitar.

 

Havia poucos alunos e o custo era alto e ensino médio é dever do Estado. Saber se chegamos a este ponto de fechar por falta de alunos aconteceu porque houve gradual fechamento e redirecionamento dos alunos a outras escolas é outra questão.

 

O fato é que vivemos tempos muito difíceis e há prioridades a defender. Não que ensino não seja prioridade. Mas estes 540 mil mensais gastos com o ensino médio noturno do Aveline podem rapidamente serem revertidos para a educação infantil, tão carente de vagas.

 

Enfim, novos tempos, fica na boca da noite o gosto de sol.