Memória LEOUVE

Crise de confiança???

Crise de confiança???
Dizem que a tal crise que o país passa (ou passou…???) não foi uma crise financeira, e sim, uma crise de confiança… Ou seja, as pessoas não investiram, se retraíram, deixaram de fazer negócios por medo de alguma medida do governo que viesse a prejudicar o andamento do comércio, das empresas, deixando de gerar fluxo e assim, ‘quebrando’ os seus negócios. Entretanto, não foi ‘só’ uma crise de confiabilidade. Pra mim, tem algo mais, foi uma crise de princípios. As pessoas, na grande maioria, (generalizar é uma falta de inteligência!) pensaram somente em si próprios, ou seja, além de não demonstrarem confiança, também foram egoístas, e em alguns casos, corruptíveis até, deixando de realizarem negócios lícitos, para acreditarem naquilo que é errado, ilegal, ou no bom e claro português, optaram pelo caminho da ‘sacanagem’…
 
Defina sacanagem, me perguntam. De forma efetiva? Dentro do assunto que estou discorrendo, é realizar uma manobra usando da boa fé das pessoas, para ganharem algo, terem lucro, satisfazerem as suas despesas pessoais, enriquecer de forma ilícita, penalizando ou causando prejuízo a outras pessoas…
 
Confesso. Fui vítima de ‘sacanagens’. Admito. Fiquei com raiva? Fiquei bravo??? Talvez, mas o maior sentimento que habitou (e ainda habita quando lembro!) é de tristeza. Tristeza de ter confiado a minha palavra para outras pessoas e não conseguir cumpri-las na integralidade, devido, ao egoísmo daqueles que se utilizaram da minha boa vontade, para ali na frente ‘lucrarem’ de alguma forma, no campo material, mas decaírem vertiginosamente no campo moral, ético e humano.
 
De fato, o que ocorre no mundo, é um ‘bang-bang sem mocinho’. Pessoas que querem levar vantagem sempre, pouco importando-se com o próximo, e tão somente, em si…
 
‘Ahhh Fabiano, estás sendo dramático!!!’ Alguém pode falar por aí. Puxa, como eu queria que fosse, entretanto, não tem nada de dramaticidade, e sim, de realidade. Culpar as pessoas por serem assim??? Talvez sim, talvez não. Cada pessoa é o que é, devido a sua experiência de vida, e faz o melhor que pode dentro do contexto do qual está inserido. Às vezes, fazem porque aprenderam que assim, é o correto, mesmo sendo errado. Prejudicam quem quer que seja, para sanar os seus problemas, enriquecerem cada vez mais, independentemente do preço que isso vá custar…
 
Moral tem preço?
 
Honestidade tem preço?
 
Pra mim, não. Não existe valor no mundo para paz de espírito e a certeza de estar vivendo a vida da forma mais leal e verdadeira possível.
 
Pena de quem age sem escrúpulos? Sim. Pena. Porque estes serão apenas os exemplos que ali na frente servirão de base para filhos, amigos e para humanidade.
 
A corrupção, tão condenada nos políticos, nada mais é, do que o reflexo das pequenas ações corruptas, que parte da sociedade executa diariamente, ao esconder o troco errado do cobrador de ônibus, do troco enganado da caixa do supermercado, do dinheiro a mais que recebeu de forma equivocada no banco, na fila que se fura, na vantagem de ultrapassar pelo acostamento, e na forma ignorante que tratamos qualquer pessoa que tenha UMA ação errada em nosso cotidiano.
 
Não seria melhor, se cada um tivesse um pouquinho mais de confiança no próximo, de fé no ser humano, para que as coisas fossem diferentes???
 
Se pensássemos só um pouco no outro, fazendo aquilo que gostaríamos que fizessem para nós para as outras pessoas, o país não teria hábitos muito mais honestos???
 
Pedir gratidão, seria muito?
 
Deixemos de lado a hipocrisia. Sejamos mais ‘espelhos’ do que queremos ver em nossa cidade, em nosso estado, em nosso país, em nosso mundo.
 
E se você tem pessoas nas quais confia do seu lado, jamais as perca. Elas são valiosíssimas!!!
 
Acreditemos no BEM. Deixemos o MAL de lado. Vamos confiar mais no que é certo e acreditar que agindo desta forma, a tal CRISE DE CONFIANÇA possa se dissipar…
 
‘Ahhh mas só eu sozinho vou conseguir alguma coisa???’
 
Já ouviu falar em ‘corrente do bem???’
 
Em algum lugar ela precisa começar…
 
Pode ser por você?
 
Até à próxima!
 
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