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Crescimento do comércio informal preocupa Lojistas em Caxias do Sul

Crescimento do comércio informal preocupa Lojistas em Caxias do Sul

Em tempos de crise, é comum que as pessoas criem alternativas para obter um sustento. Em Caxias,   uma das principais consequências desse período de recessão econômica é o crescimento do comércio ambulante na cidade, sobretudo na Av. Júlio de Castilhos. Os vendedores, em sua maioria estrangeiros, comercializam artigos da estação e CD’s e DVD’s sem procedência.

 

O aumento no número de ambulantes nas ruas provoca a revolta de alguns setores do comércio caxiense. Para Ivonei Pioner, diretor financeiro da CDL, o grande problema do comércio ambulante é a falta de retorno por meio de impostos. “A informalidade é uma realidade muito danosa para toda comunidade. São pessoas que trabalham sem segurança, vendendo um produto não tributado e sem procedência, em um ambiente público onde não se gera aluguel”, declara.

 

Ainda conforme Pioner, a disputa entre esse comércio informal e os comerciantes regularizados é desleal. “Essas pessoas ficam na frente de uma casa que gera emprego formal e paga impostos. Esses valores retornam para a população forma de saúde, segurança, educação. No momento em que não se entende a necessidade de tirar as pessoas da informalidade temos um problema. Além disso, tem a questão da competição, que acaba sendo desleal”, defende Pioner.

 

Conforme Paulo Vega, Diretor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo de Caxias do Sul, somente nesse primeiro semestre 15 operações contra o comércio ambulante já foram realizadas em Caxias. Chamadas de “Operação Centro Limpo”, as ações ocorrem principalmente na Av. Júlio de Castilhos. “Nesse primeiro semestre, em 15 operações nós apreendemos aproximadamente 160 mil itens. Nós temos aí CD’s, DVD’s, maletas com bijuterias. Somente nesta última semana, apreendemos 20 mil itens deste tipo.

 

Uma das principais causas apontadas para o aumento da informalidade é o desemprego. De junho de 2014 a abril de 2016, Caxias fechou cerca de 20 mil postos de trabalho. Para Vega, a questão economia tem influência, mas a crescente do comércio ambulante se deve a uma série de fatores. “Um deles é inevitavelmente o momento econômico que vivemos. A outra é esse tipo de comércio organizado por um grande grupo. Isso há uma inteligência maior e uma organização muito grande em nível nacional, que fomenta a informalidade e dá os produtos para que essas pessoas vendam”, defende.