Memória LEOUVE

Corrupção na Petrobrás: o rei está Nu

Corrupção na Petrobrás: o rei está Nu

Eu não sei você amigo, mas eu hoje levantei com uma sensação ruim e não é só porque po Inter tomou uma goleada histórica ontem – aliás disso eu acho até graça. O que me incomoda é um sentimento dúbio um meio termo entre estar estarrecido e ao mesmo tempo entender que nem estou assim tão surpreso com as gravações que a rede Globo conseguiu dos depoimentos sobre a corrupção da Petrobrás.
O consolo é que não falamos mais em dez ou vinte por cento de propina. A comissão, dado os valores bilionários envolvidos caiu para um, dois e três por cento. A empresa que não aceitasse doar este valore. No caso citado pelo doleiro Alberto Youssef eram 34 milhões de reais, estas empresas estariam fora dos negócios com a Petrobrás.
Não surpreende que o PT fosse o maior beneficiário, afinal é o partido no Governo e está acomodado nesta situação há 12 anos. Talvez nem seja mesmo o momento de pensar o porque do termo privataria ter sido cunhado lá na época das privatizações do PSDB. Um por cento da venda de uma estatal irriga muita horta de político.
Não o caso hoje – azar de dona Dilma que o vazamento tenha se dado justo quando as pesquisas indicam que Aécio Neves empata e até ganha nas intenções de voto para a eleição em segundo turno – é este da Petrobrás. PT, PMDB e PP são citados. Lula teria sido alvo de imensa pressão para nomear o diretor Paulo Roberto Costa, hoje o Judas de todos eles. O Congresso teria trancado a pauta por 90 dias até que Lula decidiu ceder e nomear Paulo Roberto da Costa.
Aqui está uma novidade absoluta pra mim: então Lula, que sempre teve maioria no Congresso e esta maioria a gente sempre soube que saia caro, porque significa lotear o Governo, entregar cargos e diretorias, ainda tinha que pagar este preço?
Olha, não vou pedir o fechamento do Congresso. Isto seria fácil se estivéssemos num sistema parlamentarista, onde uma crise destas leva à dissolução da casa. Mas vejam que realmente a questão é endêmica atravessa partidos próximos ao poder ou no poder.
Vimos esta semana ainda políticos mineiros com mais de cem mil reais apreendidos num avião. Imagine quantos destes aviões abarrotados de dinheiro sem procedência cruzam nossos céus?
Numa hora destas começam a surgir teses e mais teses para solucionar a questão. São soluções simplistas e a primeira que nos ocorre é terminar com a reeleição, porque um partido que se acomoda no poder comece os mecanismos. É pode ser o começo de uma solução, embora o partido no poder possa apresentar e eleger seu sucessor. Enfim, parece que o recurso da delação premiada já parece ser um bom começo. O rei está nu, os ministros e puxa-sacos, os sanguessugas também estão. Cadeia neles.
E pensar que ouvi agora de manhã aqui no Almanaque do Grupo RS Com que hoje é o dia da Honestidade.