A utilização do cartão de crédito do técnico em segurança no trabalho Geremias Pinto Lopes, 41 anos, para compras em Venâncio Aires no sábado, dia 30 de abril, foi determinante para a localização do casal preso na manhã desta quarta-feira, dia 4 de maio, em Taquari-RS. Os dois confessaram que mataram o rapaz, desaparecido desde a última sexta-feira, dia 29, em Caxias do Sul.
Segundo informações do repórter Álvaro Pegoraro, do jornal Folha do Mate, as investigações em conjunto da Polícia Civil de Venâncio Aires e da Defrec de Caxias ainda tentam entender se os dois queriam assaltar Geremias ou se houve outro desentendimento. O fato é que eles decidiram matar Geremias no final da madrugada, deixaram o corpo em um matagal na localidade Aterrados, interior de Taquari, foram com o carro da vítima até Venâncio e partiram para compras na cidade com o dinheiro e o cartão do rapaz.
Eles compraram um celular à vista em uma loja. O valor seria superior a R$ 1.500. Depois, eles almoçaram em um restaurante da cidade e em seguida compraram passagens na Estação Rodoviária, de onde saíram.
Além disso, eles tentaram fazer um saque da conta da vítima na agência do Bradesco, mas não tiveram êxito. A mulher teria origens em Taquari, mas segundo relatos morava na Serra, assim como o outro preso. Ela seria conhecida por trabalhar na noite na região de Venâncio.
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A sequência dos fatos fecha com o relato de um amigo de Geremias, que contou à polícia que pouco antes da 1h da madrugada de sábado, dia 3, Geremias mandou uma mensagem de celular para ele, dizendo que havia sido sequestrado por um casal e que tinha sido ferido a golpes de faca. No mesmo texto, ele comunicou que estava dentro do porta-malas do Prisma e pedia socorro. Depois da resposta do amigo, Geremias fez mais um pedido de socorro.
Pouco antes das 3h, o amigo recebeu uma ligação do celular de Geremias, mas ninguém falou nada. Em seguida, o aparelho foi desligado.
Encontrado na noite de segunda-feira, dia 2, o carro estava estacionado na rua Voluntários da Pátria, esquina com Osvaldo Aranha, no Centro de Venâncio Aires. A perícia feita no veículo por uma papiloscopista do Instituto Geral de Perícias (IGP) será determinante para o confronto das digitais com as do casal preso. Foi encontrado sangue no banco do motorista, do caroneiro e no porta-malas do carro.
Mais detalhes sobre a investigação serão divulgados pela Polícia Civil de Caxias.
