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Comandante da Brigada garante que quadrilhas estão fragilizadas em Caxias

Comandante da Brigada garante que quadrilhas estão fragilizadas em Caxias Comandante da Brigada garante que quadrilhas estão fragilizadas em Caxias Comandante da Brigada garante que quadrilhas estão fragilizadas em Caxias Comandante da Brigada garante que quadrilhas estão fragilizadas em Caxias
Comandante da Brigada garante que quadrilhas estão fragilizadas em Caxias

A atuação do crime organizado em Caxias do Sul, revelada pelo Portal Leouve na última quarta-feira, dia 26, na matéria em que é abordada a presença da facção dos “Mano da Serra” na cidade, foi admitida, mas minimizada pelo comando da Brigada Militar de Caxias do Sul.

O Comandante do 12º BPM, major Emerson Ribas, deixou claro, nesta sexta-feira, dia 28, que conhece o modo com que os bandidos agem tanto em Caxias quanto na região.

Ele reconhece que o aumento da criminalidade, principalmente dos homicídios, está relacionado à existência das quadrilhas que disputam pontos de tráficos de drogas e que procuram aniquilar umas a outras, e que muitas das execuções têm a ver com o não cumprimento de ordens dos chefes das quadrilhas e dos que ficam devendo para o tráfico.

“Essas ações dos bandidos existem, mas não nessa proporção, ao ponto de tentar fazer uma intimidação aos órgãos policiais. Não recebemos a intimidação, e isso nos dá mais ânimo para fazer as nossas ações juntamente com o comando regional. Estamos trabalhando ainda mais para enfraquecer ou prender essas quadrilhas”, afirma.

Para o comandante, as ameaças do ex-integrante da quadrilha aos policiais que participaram do confronto que resultou na morte de quatro indivíduos e na prisão de um quinto suspeito em nada tem a ver com a realidade que a cidade vive em relação ao combate à criminalidade e não devem se confirmar uma vez que, quando houve o confronto com a Brigada com essa mesma quadrilha, eles tiveram baixas e nenhum soldado ficou ferido.

“Nós, felizmente, vivemos uma realidade diferente dessa que foi noticiada. Alguns comentários surgiram em relação a esse tipo de coisa, mas até agora nenhuma situação concreta foi verificada contra nossos valorosos soldados”, garante.

Conforme Ribas, a ameaça dos bandidos e as coisas que são ditas pelos presidiários que comandam essa facção são “coisa de marginal” sem nada a perder. “Na verdade, essa quadrilha está fragilizada, descapitalizada, com armamento que foi apreendido e muito acuada na prática”, avalia.

Para o comandante, nenhum soldado da Brigada se sente ameaçado e tampouco a instituição como um todo. “Fizemos uma operação no centro do bairro Planalto. Fomos em busca dos marginais e, em nenhum momento, tivemos qualquer tipo de afronta. A Brigada Militar está presente. Ela é forte, e os policiais de Caxias do Sul são o que a Brigada tem de melhor em nosso estado. Os órgãos de segurança do estado, tanto Polícia Civil quanto Brigada Militar, estão trabalhando e vão continuar para prender o restante dessa quadrilha, adotando medidas dentro da lei”, revela.

Ribas também reconhece que a crise financeira que vive o estado reflete na segurança pública, e que os policiais sentem a dificuldade de chegar no início do mês e receber apenas parte do salário, como tem acontecido há meses e deve se repetir nos próximos meses.

“A gente conversa diariamente. Isso deixa os soldados abatidos, mas eles conseguem compensar com o amor e ética que têm ao vestir nossa farda. Eles conseguem separar a dificuldade financeira particular com a prestação do serviço. Nós avaliamos que nesse ano nós mantivemos a mesma produtividade em relação a prisões e apreensões de armas, da mesma maneira dos últimos anos. Não houve nenhum prejuízo operacional frente ao parcelamento dos salários”, acredita.

Sem revelar detalhes, o comandante adiantou que outras ações semelhantes a que ocorreu no bairro Planalto nos últimos dias estão programadas para acontecer nos próximos dias em outras regiões afetadas pela disputa do tráfico de drogas, como é o caso do bairro Reolon, na zona oeste da cidade, na região do Santa Fé, na zona norte, e também na área do Rizzo.