A escola professor Apolinário Alves dos Santos, ocupada desde o último dia 18 de maio em Caxias, foi desocupada pelos estudantes nesta terça-feira, dia 14.
Os estudantes afirmaram, por meio de uma nota oficial, que “após semanas de resistência, onde os alunos ocupantes da escola Apolinário passaram por muitas experiências, tanto boas quanto ruins, chegou o dia de novamente tentarmos negociação”.
Os alunos continuam o comunicado destacando que a luta teve um resultado prático. “Nós conseguimos o que queríamos, todas as pautas foram atendidas e o governo disponibilizará 40 milhões de reais para investimentos na educação do Rio Grande do Sul, visando assim o melhoramento de escolas, infraestrutura e qualidade de ensino. A escola estará liberada na quinta-feira”, garante a nota.
Na mesma nota, os estudantes destacam que alguns professores seguem em greve. As aulas, portanto, não devem retornar integralmente.
Durante a ocupação, a escola Apolinário foi palco de um episódio de repercussão nacional. O pai de um estudante da instituição invadiu a escola, agrediu um estudante e ameaçou outros alunos e professores que estavam em greve. Veja o vídeo:
Ocupação em Caxias
Outras três escolas seguem ocupadas em Caxias do Sul. O Instituto Cristóvão de Mendoza e a Escola Aristides Germani seguem no poder dos estudantes. A Escola Estadual Técnica de Caxias do Sul, o EETCS, também segue parcialmente ocupada. Tanto no Aristides Germani quanto no Cristóvão, pais contrários ao movimento se articulam para acabar com a ocupação, mas os alunos afirmam que irão resistir até o governo atender as demandas propostas por eles.
No caso do Aristides Germani, os estudantes pedem, além de melhorias na estrutura da escola, a troca no comando da escola.
Ocupação no Estado
Na tarde de ontem, dia 13, estudantes haviam ocupado a Assembleia Legislativa do Estado. Nesta terça-feira, dia 14, eles concordaram em deixar o prédio após um acordo com o governo.
Uma das pautas principais era a retirada do PL 44/2016, que pretende ampliar a interferência de empresas privadas e serviços terceirizados na educação pública.