O município de Caxias do Sul deu mais um importante passo para a transformação do antigo prédio da Maesa em um local ocupado pelo poder público. Na manhã desta terça-feira, dia 13, uma reunião no Salão Nobre da Prefeitura selou o convênio que dá início à execução da ocupação do prédio. A partir de hoje, o município tem um ano para iniciar a ocupação do local. A reunião contou com representantes do Governo do Estado, do prefeito Alceu Barbosa Velho e do prefeito eleito Daniel Guerra, de membros da Comissão Especial para o Uso da Maesa e dos coordenadores da transição de governo na área da cultura, além de um representante da Câmara de Vereadores.
Conforme Adriana Antunes, chefe da transição do Governo Guerra na área da cultura e nome cotado para assumir a pasta a partir de janeiro, o primeiro desafio da próxima administração é desocupar o local, que atualmente é utilizado pela empresa Voges. “Olhando para todo o projeto, o mais urgente que se faz é resolver a situação da ocupação com a Voges lá dentro. A partir deste momento, tanto a administração atual quanto a administração futura precisam tomar as providências para a desocupação do local e aí então começar a pensar a ocupação por parte do poder público”, explica Adriana.
No relatório apresentado pela Comissão Especial para Análise de Uso do Prédio da Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa), a lei sugere que o espaço tenha um “uso público especial com finalidade cultural”. Durante o processo de discussão sobre a destinação do espaço da Maesa, a comunidade foi ouvida por meio de reuniões e propostas de uso foram encaminhadas por e-mail. “Mediante a lei, uma série de usos não seriam possíveis. Então foram descartados algumas solicitações e também sempre houve uma grande preocupação no sentido de contemplar de maneira mais ampla possível o projeto de uso do espaço”, destacou a Secretaria da Cultura Rúbia Frizzo, que participa da Comissão desde dezembro de 2015.
Entre as prováveis destinações para o prédio, a instalação da Guarda Municipal no espaço parece ser um consenso. A criação de um Mercado Público também é vista com bons olhos pela comunidade e pelas 12 entidades que assinaram o Plano Diretor. Mesmo assim, o prefeito eleito Daniel Guerra prefere tratar o processo com cautela. “Nosso governo é democrático, é de ouvir a população para definir as prioridades. Nós vamos receber esses documentos e ver se isso comunga com o interesse de toda a comunidade”, afirmou.
O complexo da Maesa compreende todo o quarteirão entre as ruas Plácido de Castro, Dom José Baréa, Pedro Tomasi e Treze de Maio e teve a escritura passada para o município no dia 31 de março de 2016. Desde então, o município trabalha na destinação do espaço para questões culturais.