O homem acusado de provocar o acidente que vitimou o jovem Alan Carini, de 19 anos, em um atropelamento ocorrido na Avenida Planalto há dois anos, poderá ir a Júri Popular. A informação é do promotor Sávio Vaz Fagundes. De acordo com ele, testemunhas já foram ouvidas e o processo remetido ao Judiciário. O Ministério Público ofereceu denúncia de homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar).
Alan foi atropelado quando estava com um grupo de amigos na via. O carro trafegava na contramão, em alta velocidade e o condutor estava embriagado. Houve ainda uma tentativa de fuga do local do acidente.
– Dadas estas condições, acreditamos que houve dolo eventual e pedimos a realização de Júri Popular. A decisão está nas mãos do Judiciário – ressalta o promotor.
O autor chegou a ser preso pela Polícia Civil e foi liberado
por meio de habeas corphus. Quando foi libertado, o elemento deixou sua Carteira de Motorista junto ao processo, estando, portanto, impossibilitado de dirigir.
No ano de 2011, o acusado entrou com um pedido judicial para reaver a sua Carteira de Habilitação. O pedido foi negado pela Justiça em Bento Gonçalves. O homem então recorreu em Porto Alegre e a decisão foi ratificada.
– Desta maneira, a CNH dele continua apreendida e ele segue impedido de exercer o direito de dirigir, em qualquer circunstância.
O caso tomou grande repercussão na comunidade bento-gonçalvense. Na semana passada completaram-se dois anos do trágico atropelamento. Quem passa pela Avenida Planalto poderá ver, no exato local onde Alan foi atropelado, faixas de protesto e com pedidos de paz no trânsito.
Confira o áudio da entrevista com o promotor Sávio Vaz Fagundes:
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