Olá, minha paixão.
Quantos beijos já te dei, hein?
Quantos amassos. Você até já voou. Cortando o ar. Girava enquanto eu entoava camisa vermelha.
És vermelha. As vezes branca. Já foi listrada, quadriculada, amarela, com listra, sem listra. Mas sempre com seu charme.
Te uso desde que nasci. E talvez, se lá no saco do meu pai, eu já usasse roupa, seria tu que eu estaria vestindo.
Esse nosso lance não tem a ver com futebol, com o esporte e nem nada disso, é apenas amor.
Você já passou por cada perrengue comigo. Rolou em campinhos de areia, grama e até no meio da rua.
Por mim já atravessou a fumaceira de La Plata. Já rasgou a camisa do São Paulo. E tenho certeza, que deu um empurrãozinho no Dunga naquele jogo contra o Palmeiras.
Conquistou a América, duas vezes. Fez o mundo se ajoelhar a ti. Ofuscou o grená do poderoso Barcelona.
Já tiveram a honra de lhe usar Larry, Figueroa, Falcão, Taffarel, Índio, Gamarra, Guiñazu, Clemer, Fernandão, D’alessandro, Sóbis. Craques. Celeiro de ases.
Alguns te traíram – Edinho -, mas quem nunca levou um chifre?
Quando tu vai a campo é hora de lhe tirar do guarda roupa, te deixar cheirosa, porque é dia de torcer por ti.
Muitos te puxam, com tanta força, quase rasgam, é vontade de te levar para casa.
Você colore a cidade, após ganhar um clássico, coisa linda, o vermelho colorado toma as ruas cinzas de todo estado.
Muitos dos que andam vestindo você não te merecem, mas eu não ligo para eles. É por ti que eu ainda estou aqui, que eu acordo aos domingos e digo: Hoje é dia de Inter.
Porque eu sempre te levo comigo. Em Tókio, Bagé ou Porto Alegre. Seja no Mundial, Gauchão ou Série D. Eu estarei aqui, contigo me abraçando.
Porque isso é Inter, e o teu povo nunca abandona.
Ass: Torcida do Sport Club Internacional.