Foi muito civilizado o debate que a rádio Viva FM com a mediação do colega jornalista Rogério Costa Arantes promoveu na noite de ontem nos estúdios da rádio em Caxias. A presença dos seis candidatos garante a pluralidade de pensamentos, permite que o eleitor se depare com visões e comportamentos distintos dos candidatos sob pressão.
Lá estiveram os seis: Assis Melo, Daniel Guerra, Edson Néspolo, Francisco Correa, Pepe Vargas e Vitor Hugo Gomes. Tanto quanto os candidatos, também os assessores foram pra lá de civilizados. Sinais de aprendizado e também um pouco de cansaço. Uma estafa natural de quem chega à reta final deste primeiro turno – sempre lembrando que apenas Caxias do Sul na nossa região tem mais de 200 mil votantes e por isso terá segundo turno.
Nas minhas impressões vi dois candidatos com maior sinal de abatimento. Pelo menos aparentavam isto. Assis Melo e Pepe Vargas. Talvez seja sinal de um esforço extra na reta final, talvez por estarem contando com estruturas menores que exigem envolvimento pessoal maior. No caso de Pepe havia um motivo extra: ainda ontem pela manhã o ex-ministro Antônio Palocci fora preso. Pepe foi ministro do PT até outro dia. Foi cobrado por isso. Defendeu-se lembrando que ele tem ficha limpa e que não apenas o PT tem representantes ou políticos com as mão metidas em sujeira e desafiou os demais candidatos.
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Néspolo estava muito tranquilo. Aparentava ter certeza da vitória que a super exposição em tv e rádio garantida pela coligação com duas dezenas de candidatos lhe garantem. Deu-se ao luxo de estocar o candidato Daniel Guerra, lembrando que ele andou de mãos dadas com o grupo que ainda governa Caxias.
Mas ao final, nenhum pedido de resposta foi requisitado. Sinal de que as provocações foram até certo ponto respeitosas, ou que os candidatos não estavam a fim de se incomodar. Ou ainda: como dois times que estão no final do jogo e preferem não atacar. Querem garantir a prorrogação e quem sabe os pênaltis. No caso, o segundo turno.
