O caso envolvendo a morte do sargento Edir Endges Welter, 47 anos, sofreu uma reviravolta no final da noite desta quarta-feira, dia 25, com a apresentação de dois autores confessos de participarem da ação na última segunda no bairro Pio X.
Rafael Antunes, 20 anos, sem antecedentes e William Assis, 19, com antecedente por furto qualificado e roubo a mão armada, em Joinvile, foram presos pela Brigada Militar após a denúncia da mãe de Rafael, Cleusa Aparecida de Assis, para a policia. Ela contou que eles haviam participado do assalto que matou o sargento.
Conforme informações repassadas pela mãe, o filho dela e mais Wiliam, que são primos, saíram na noite de segunda-feira, dia 23, junto com um terceiro e um quarto homem que estavam em um Honda/Civic.
Na manhã seguinte os dois retornaram para casa e teriam contado para ela que haviam participado do assalto que resultou na morte do sargento e que precisavam de um lugar para se esconder.
Baseado nas informações repassadas pela mãe, a Brigada Militar chegou até a localidade Cerro Largo, interior de Nova Pádua, onde na noite desta quarta, os dois estavam escondidos na casa de uma tia.
Ao chegarem no local, uma residencia de alvenaria foram encontrados Rafael e William. Os dois tentaram fugir em direção a um matagal que existe próximo, e em seguida foram capturados pelos policiais. Após a prisão ambos confessaram em um áudio, apresentado pela Brigada Militar, que estavam juntos com mais dois comparsas no momento da ação.
Os outros dois, que não tiveram os nomes divulgados, estão sendo procurados e um deles, já identificado, seria o autor dos disparos que mataram o sargento.
Praticamente no mesmo instante da prisão de Wiliam e Rafael, o veículo Honda/Civic utilizado no assalto e flagrados em câmeras de segurança, foi abandonado e queimado na Estrada dos Romeiros, entre Caxias do Sul e Farroupilha, bem próximo onde houve um confronto entre policia e bandidos, que resultou na prisão de dois suspeitos, e da morte de um terceiro homem, que também foram apontados primeiramente como participantes do assalto ao sargento.
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De acordo com relato do Sub-comandante do 12º BPM, Major Ubirajara a ação dos bandidos que foram presos na noite passada, foi acompanhada de perto pelo setor de inteligencia da Brigada desde o início e que a ação da tarde de terça-feira, dia 24, na Estrada dos Romeiros não teve relação com o caso envolvendo a morte do sargento.
“Nós acompanhamos a Defrec em uma ação que visava prender uma quadrilha que roubava veículos e que na noite de segunda, mesmo dia da morte do nosso colega, teriam roubado uma caminhonete Amarok e que teria sido abandonada ali próximo a Estrada dos Romeiros”, conta.
Major Ubirajara esclareceu o fato de ter havido uma confusão entre os dois casos, já que uma suposta testemunha teria reconhecido um dos presos próximo a Estrada dos Romeiros, como sendo participante da morte do policial.
“Sim, teve um vigilante que teria reconhecido, talvez por engano, um dos presos, mas mesmo assim nós seguimos a nossa linha de investigação e chegamos aos dois autores, o Rafael e o Wiliam que confessaram terem participado do assalto ao sargento. Independente da morte do sargento Welter ou não aquela ação que morreu o Bigola, e outros dois foram presos, teria acontecido de qualquer maneira”, revela.
Ainda de acordo com informações do Major Ubirajara, a arma encontrada dentro do Honda/Civic que foi queimado na noite desta quarta-feira, era a arma do sargento Welter, roubada na noite do crime na Rua Moreira Cesar. “Sim. Era a arma que o colega estava usando. Verificamos pela numeração”, confirma.
Os dois criminosos que confessaram ter participado do assalto que matou o sargento Welter passaram a madrugada na delegacia da Polícia Civil e foram ouvidos pela delegada plantonista Thalita Andrich, que também ouviu a esposa do sargento, que reconheceu os dois bandidos.
