Com a chegada do frio intenso, as ocorrências de incêndio têm aumentado consideravelmente em Caxias do Sul. Nos últimos sete dias, por exemplo, os bombeiros atenderam há ao menos uma ocorrência de incêndio ou princípio de incêndio por dia. Na tarde desta quarta-feira, sete casas foram atingidas pelo fogo no Vila Ipê. Na última segunda, dia 13, outras três foram consumidas na Parada Cristal.
Segundo o Capitão Darlen Ribeiro, do Corpo de Bombeiros de Caxias, não é possível definir uma única causa para o aumento na ocorrência de incêndios, mas há indícios que auxiliam na identificação dos motivos que levam ao início das chamas. “É difícil ter uma causa específica para um incêndio. Para isso, seria necessário uma perícia de incêndio. Mas o que a gente sabe que acontece neste tempo de frio é que pessoas costumam utilizar aquecedores.
Aí ligam muitos aparelhos eletrônicos na mesma tomada e isso ocasiona um curto circuito, que pode vir a se tornar um princípio de incêndio”, explica. Para evitar esse tipo de situação, o Capitão Darlen orienta a utilização individual da tomada e também atenção máxima com crianças. “Para evitar a gente recomenda utilizar uma tomada para cada aparelho eletrônico e cuidar das crianças”, alerta.
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O Capitão ainda lamenta que quando as chamas iniciam em uma casa de madeira, por exemplo, é muito difícil que a residência consiga ser salva. “Não temos o que fazer, quando o incêndio é declarado em uma casa de madeira o fogo se alastra rapidamente e é difícil a gente controlar”, revela.
Em relação às críticas da população, o Capitão entende que é natural que as críticas existam, mas explica que a corporação demora no máximo um minuto para deixar o quartel quando é acionada. “Nós compreendemos a crítica da população, mas temos que entender que Caxias é uma cidade de 500 mil habitantes. A logística de trânsito não é simples. No deslocamento até o local do incêndio pode acontecer uma demora, mas os caminhões do quartel de bombeiros tem um protocolo para que ele saia do quartel após um minuto da chamada”, garante.
Caxias sofre, ainda, com o fechamento de unidade dos bombeiros e corte nas horas extras dos servidores. A unidade da Zona Norte, por exemplo, está fechada temporariamente desde o final do mês de janeiro por falta de verbas do governo do Estado.
