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Bento: Atleta diz estar sendo injustiçado por organização da Copa Amizade

Bento: Atleta diz estar sendo injustiçado por organização da Copa Amizade

O atleta amador Lucas De Bona, de Bento Gonçalves, diz estar sendo injustiçado pela organização da Copa Amizade, torneio de futebol amador da cidade, depois de ter sido citado em súmula por agressão ao árbitro em uma partida na edição de 2015 da competição.

 

A agressão ao árbitro, que inclusive estaria armado, teria ocorrido, durante um desentendimento entre jogadores do antigo time de De Bona e o árbitro.

 

O jogador alega que na data do ocorrido estava no local da partida, mas não estava jogando devido a recuperação da fratura de uma das pernas ocorrida na primeira rodada daquela edição.

 

Segundo o atleta, dias após o ocorrido, ele teria tomado conhecimento de que estaria suspenso de competições da modalidade, por dois anos, porém, o atleta nega ter sido o autor das agressões “eu estava de muleta do lado de fora, como eu iria agredir o juiz com a perna quebrada?” questionou.

 

O atleta teria procurado o então secretário de esportes e o organizador da competição. Segundo ele os organizadores teriam dito que não poderiam fazer nada e que o atleta deveria procurar seus direitos sozinho.

 

Ainda segundo o atleta, um dos organizadores da Copa Amizade, teria dito ao atleta que uma audiência seria marcada e que ele ficaria de fora somente da primeira partida da competição deste ano, fato que não ocorreu “ele me prometeu isso e não foi cumprido” disse o jogador.

 

De Bona ressalta que conhece o verdadeiro agressor e que o mesmo estaria disposto a testemunhar em uma possível audiência. Ele relata que no dia em que falou com a organização, ele teria levado consigo o agressor, com a promessa de que se reuniria com o próprio árbitro na secretaria, fato que não ocorreu segundo ele.

 

O organizador Eduardo Paixão, confirmou que foi procurado por de Bona, e que escutou a todas as solicitações do atleta, porém o orientou de que forma proceder “nós explicamos ao atleta de que não poderia ser feito daquela forma, ele não poderia simplesmente chegar e dizer que não havia sido ele” afirmou.

 

Segundo Paixão o procedimento é igual para todos os casos de suspensão. O jogador precisa fazer um ofício à Secretaria de Esportes e a organização e solicitar um novo julgamento, onde serão reunidas todas as provas.

 

O organizador afirma quer deu todas as orientações cabíveis ao atleta durante um a reunião na secretaria, mas até o momento não havia recebido o ofício e nem teria sido procurado por de Bona, “fica difícil a gente ajudar se ele não apresentar esses fatos, que comprovem que ele não é o agressor”, ressaltou. Já De Bona, ressalta que enviou o ofício ao organizador quando lhe orientado e não obteve resposta.

 

O atleta também afirmou que quando da sua lesão, na primeira rodada da competição em 2015, ele não recebeu apoio nenhum da secretaria e nem da organização quando e que teria sido transportado por sua namorada até o hospital, já que não existe ambulância nem policiamento nos locais dos jogos.

 

Sobre a questão de não ter atendimento médico nos locais, Paixão salientou que não há possibilidades de se ter uma ambulância em cada partida, já que são muitas, e que cada atleta assina um termo de responsabilidade quanto a questão de lesão ou ferimentos. Já com relação ao policiamento, segundo ele não há motivos para isso já que a competição é amadora e saudável “é uma questão de bom senso, não há necessidade, é uma competição amadora e as pessoas vão lá para um momento de lazer”, finalizou.

 

 

Paixão disse estar à disposição do atleta para responder a qualquer questionamento e para resolver a questão desde que seja nos parâmetros legais.