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Autoridades avaliam os primeiros cem dias do governo Guerra em Caxias do Sul

Autoridades avaliam os primeiros cem dias do governo Guerra em Caxias do Sul

O governo Daniel Guerra (PRB), completou exatos cem dias nesta segunda-feira, dia 10, em Caxias do Sul. Apesar das polêmicas envolvendo casos como a greve dos médicos, paralisações no transporte público e a relação conturbada com o vice-prefeito, o republicano classificou como amplamente positivo esses primeiros três meses. a frente da administração municipal.

 

Mas não foi somente o prefeito que fez uma avaliação, sobre a administração municipal, outras autoridades também comentaram o início do governo Guerra.

 

Carlos Zignani, vice-presidente de Indústria da Câmara de Indústria Comércio e Serviços (CIC), acredita que o momento ainda é de aguardar, ele espera que o prefeito avance em projetos importantes na cidade principalmente na área de mobilidade.

 

“Nós ainda estamos num compasso de espera, esperando por projetos mais contundentes para a cidade área de mobilidade, principalmente nas rodovias onde temos  problemas sérios, precisamos trabalhar na questão do novo aeroporto. Estamos aguardando para ter mais contatos e participar mais das decisões na área de economia”, destaca.

 

Para presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ivonei Pioner, é necessário aguardar pelos resultados de medidas implantadas pelo novo governo e ver que reflexos eles terão a médio e longo prazo.

 

“Em três meses por proposições de tantas mudanças que vem sendo feitas, talvez nós ainda não consigamos ter clareza para onde está indo a proposta de gestão. Nesse primeiro momento o que nós estamos fazendo é aguardando alguns resultados. De fato até agora nós tivemos algumas soluções implantadas, outros tantos questionamentos e divergências na cidade e vamos ver o resultado disso mais a frente”, observa.

 

A avaliação de Flávio Fernandes, presidente da União das Associações dos Bairros (UAB) de Caxias do Sul, é de que os primeiros cem dias de Guerra foram marcados por conflitos. Ele cita como questões como a promessa ainda não cumprida de abertura da UPA Zona Norte e as exonerações de médicos especialistas do SUS como justificativas às críticas feitas a administração Guerra.

 

“Na questão da saúde, algo que foi prometido lá na campanha que seria a abertura imediata da UPA Zona Norte, a gente viu que isso não aconteceu. Sabíamos que não seria fácil, mas foi prometido a população e não aconteceu. Além de não abrir a UPA Zona Norte ainda foi criada uma briga entre o município e os médicos. A questão da saúde está complicada, ninguém defende que os médicos não tenham que registrar a carga horária, mas o problema deveria ter sido resolvido de outra forma. Os médicos estão prestes e entrar em nova greve e quem sofre é o povo”, salienta.

 

Representantes da Câmara de Vereadores que tem como uma de suas principais atribuições fiscalizar o executivo também avaliaram o começo da administração Guerra.

 

O vereador Rodrigo Beltrão (PT), destaca que os primeiros cem dias do novo prefeito foram marcados “pela falta de diálogo”. O parlamentar teme que a postura autoritária de Daniel Guerra prejudique a cidade nos próximos anos. 

 

“No nosso entendimento não há como fazer um bom governo sem dialogar com todas as partes, inclusive o perfil da liderança é aquela que forma os consensos necessários e aponta soluções, no entanto o poder executivo tem sido um gerador de conflitos” lamentou.

 

Beltrão também classificou como discretas as melhorias prometidas duranta a campanha eleitoral por Guerra em áreas como saúde, educação e segurança.

 

O líder do executivo na Câmara de Vereadores, o vereador Chico Guerra (PRB) e irmão do prefeito discorda do petista. Para ele não existe falta de diálogo, e sim pessoas inconformadas com a postura correta da nova administração de não tolerar “jeitinhos” para resolver os problemas do município.