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Ausência do prefeito em audiência irrita Visate e rodoviários: “Cadê o gestor?”

Ausência do prefeito em audiência irrita Visate e rodoviários: “Cadê o gestor?”

A ausência do prefeito Daniel Guerra na audiência de conciliação convocada pela juíza titular da 2ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública, Maria Aline Vieira Fonseca, incomodou os representantes da Visate e do Sindicato dos Rodoviários. A audiência teve como objetivo buscar uma solução para o impasse envolvendo o dissídio dos trabalhadores da Visate. Em assembleia realizada ontem, os funcionários da Visate decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, dia 20.

 

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Tacimer Kulmann da Silva, mais uma vez cobrou o posicionamento do prefeito em relação ao assunto. “O município de Caxias, na pessoa do prefeito, é quem pode resolver essa situação entre trabalhadores e empresa concessionária. Eu não vejo outra solução, mas parece que o prefeito não está nem aí para a população. O transporte público na segunda-feira vai parar e o que ele vai explicar para a população? Que parou por que ele não tem diálogo com ninguém?”, reclamou.

 

O diretor-superintendente da Visate, Fernando Ribeiro, também lamentou a falta de diálogo do poder público e se referiu a Daniel Guerra como “gestor”, termo utilizado por ele na campanha.

 

“Chegamos aqui e nos defrontamos com a seguinte situação: o poder público, que acionou na Justiça uma ação contra a Visate e os trabalhadores, estava aqui representado pelos seus procuradores. Mas onde está o gestor? Cadê o gestor? O gestor da Visate está aqui, sou eu, e vim para negociar. O Sindicato está representado pelo seu presidente para buscar uma solução. E a prefeitura?”, questionou Ribeiro.

 

O município, por sua vez, já deixou claro o posicionamento de que a questão do dissídio dos funcionários da Visate é uma negociação que compete à empresa e aos trabalhadores. Em fevereiro, o Conselho de Trânsito sugeriu ao prefeito que não realizasse o reajuste da tarifa tendo como base o argumento de que a Visate não apresentou desequilíbrio econômico e financeiro e por isso não havia motivos para rever o valor da tarifa.

 

Município entra com liminar para impedir bloqueios

 

O procurador do município, Pedro Pereira de Souza, trouxe para a juíza um pedido de liminar para que a greve anunciada para a próxima segunda-feira não acarrete em bloqueio de ruas, sob pena de multa de R$ 5 mil por dia para o Sindicato e a Visate. “A ação que nós propomos pretende tão somente que o Sindicato e a Visate não interrompam as vias públicas e as estações de transbordo. Não se discutiu nessa ação tarifa ou reajuste de salário de trabalhadores porque isso já foi discutido”, explicou.

 

O Sindicato dos Rodoviários, em um primeiro momento, informou à juíza que não há bloqueios previstos para segunda-feira. Diante disso, a magistrada deve esperar o desenrolar da situação no dia da greve para analisar o pedido de liminar.