Líderes de centrais sindicais de trabalhadores urbanos e rurais compuseram a mesa da audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal na tarde de sexta-feira em Bento Gonçalves. O assunto é em pauta era a discussão de posturas e ações contra a intenção de cortes nos direitos dos trabalhadores.
Realizada no auditório do Sitracom, a audiência teve a presença do senador gaúcho Paulo Paim e contou com grande público. Segundo Paim o governo sofre pressão da classe patronal mas diante da resistência das frentes parlamentares que apoiam os trabalhadores já houve um primeiro recuo importante. “O Governo pretendia aprovar a reforma da Previdência e a questão da terceirização ainda antes das eleições. Agora as pautas ficaram para o segundo semestre de 2017. Mas nós permaneceremos atentos e vamos resistir”, alertou.
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Do encontro, que vem sendo promovido em todos os 26 estados do país e no Distrito Federal, saiu a Carta de Bento Gonçalves, com a intenção de demonstrar aos parlamentares que há resistência às propostas que pretendem ficar em 65 anos a idade mínima para a aposentadoria e liberar a terceirização entre outras medidas. “Não aceitamos a prevalência do negociado sobre o legislado, isto equivale a rasgar a CLT”, foi veemente o Senador Paim.
Para o parlamentar, o que o Governo e as lideranças empresariais querem é a regulamentação do trabalho escravo, sem qualquer direito. Ele cita que no estado americano do Mississipi existem leis semelhantes. “Trabalha-se por hora, sem direito a férias, 13º, ou repouso remunerado”.
