Uma audiência na tarde desta segunda-feira, dia 12, encaminhou o dissídio dos trabalhadores metalúrgicos de Caxias do Sul. Realizada no Tribunal Regional de Trabalho, em Porto Alegre, a reunião entre Sindicato dos Metalúrgicos e Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) acordou a reposição da inflação, que é de 9,82%.
O percentual de 9,82% será repassado aos trabalhadores em três vezes. A primeira parcela será de 4%, retroativa a junho, que é a data-base para o acordo. A ideia é que esse retroativo já venha na folha salarial dos trabalhadores em outubro. Depois, em novembro, será concedido mais 2,5% de aumento na folha. Em dezembro, serão concedidos os outros 3,3% até chegar no índice da inflação para a data-base, que é 1º de junho. O 13º salário vem com o reajuste completo.
A proposta salarial é muito parecida com a rejeitada em votação na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul. O presidente interino da entidade, Claudecir Monsani, destaca que o grande ganho na negociação foi em relação a direitos complementares. “O nosso principal ganho esse ano foi resistir e não deixar que se tirasse nem uma vírgula do direito dos trabalhadores. O patronal queria mexer em coisas do acordo coletivo, como garantia de emprego quando você está para se aposentar, horas extras e auxílio-creche”, revela.
Na negociação, ficou definido ainda que o piso da categoria será pago sem parcelamentos e que, por dois anos, não serão mexidos em horas extras e auxílio-creche. A decisão deve ser homologada em breve na Justiça do Trabalho.