A demora de quase duas horas para pegar um ônibus na EPI do Bairro Floresta, no último sábado, dia 21, gerou polêmica entre funcionários e alguns usuários do transporte coletivo de Caxias do Sul.
A usuária Victória Lazzarotto Boff, 19 anos, se deslocava do bairro Desvio Rizzo para o bairro Kayser, para visitar a vó. Ela relata que teve que esperar das 14h50min até as 16h40min para conseguir pegar um ônibus que pudesse levá-la ao destino. "A tentativa era de passar uma tarde em família. Eu, minha mãe e minha vó, porém, chegamos quase na hora de ir embora”, conta Victória.
De acordo com a postagem de Victória em uma rede social, o que mais deixou os passageiros transtornados foi o modo em que foram tratados por um dos funcionários da Visate. “Perguntamos para um senhor de jaqueta preta que horas teria ônibus que fosse para a Perimetral Sul. Ele disse, após 10 minutos indo e voltando para consultar, que os ônibus de cor roxa (LC74 Coletora Oeste) e verde (LC 72 Coletora Sul) iriam para a Perimetral Sul e que o verde chegaria às 15h na EPI”, relata.
Victória disse que às 15h20min, ou seja, meia hora depois, o funcionário veio com uma risada irônica e avisado que o ônibus verde (LC 72 Coletora Sul) havia quebrado no centro. Após alguns minutos, Victória tentou um novo contato com o funcionário e obteve uma outra resposta. “Ele nos disse que somente às 16h o ônibus roxo, coletora oeste, que nos levaria para a Perimetral Sul, chegaria. Como ficaríamos uma hora esperando, pedimos se não seria remanejado outro ônibus para fazer o atendimento, ele disse que não e nos deu as costas”, reclama.
A usuária conta que às 15h45min o ônibus de cor roxa, Coletora Oeste, chegou. Quando foram entrar tiveram que descer novamente porque a cobradora informou que o ônibus ficaria parado na EPI até às 16h. “Nessa hora ele parou e quando fomos entrar, o funcionário nos informou errado e somente as 16h30min haveria outro ônibus”.
Após esse último contato com o funcionário da Visate, Victória começou a gravar um vídeo que foi parar nas redes sociais, contando um pouco do que estava acontecendo naquele momento.
“Comecei a gravar assim que o motorista do ônibus roxo nos informou que o trajeto informado pelo funcionário estava errado. Ficamos revoltadas e fomos atrás dele na cabine, a partir daí eu liguei o celular para filmar o tamanho descaso e a cara de deboche”, esclarece.
Conforme a usuária, antes de iniciar o novo modelo de transporte urbano, o SIM Caxias, era mais rápido fazer o mesmo trajeto que costuma fazer até o bairro Kayser. “Era melhor. Eu olhava o horário do ônibus pela internet e ia para a parada. Depois se precisava pegar o ônibus verde como ia fazer naquele dia, ficava esperando ele chegar, e geralmente era rápido. Agora tenho que esperar em um lixo de EPI, que custou milhões de reais, para pegar um ônibus”, encerra.
Notícias Relacionadas
Brasil
Preço da carne deverá ter reajuste no RS por causa das queimadas
Fornecimento de estados atingidos pelos incêndios no Centro-Oeste do país está menor
Custo de Vida
Governo do RS encaminha isenção de ICMS para cachaça artesanal gaúcha
Estado vai apresentar ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a proposta; se aprovada, a nova regra entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025
Reposta da Visate:
“Com relação ao ocorrido na Estação Floresta, esclarecemos que a nossa cliente foi orientada a pegar o ônibus Troncal até São Pelegrino onde tem várias outras opções de ônibus para ir até o Kayser. Pois, as linhas coletoras verde e roxas, que vão direto da Estação ao Kayser, tem um freqüência menor durante o final de semana.
Mas, como ela passou o cartão no ônibus Desvio Rizzo que é uma alimentadora, quando ela pegasse o ônibus para Kaiser, no centro, que é outra alimentadora, não integraria e ela pagaria outra passagem. Então, ela optou por esperar para pegar um ônibus pela porta de trás na Estação e pagar apenas uma passagem.
A demora já prevista foi agravada pelo fato de que no ônibus da linha que ela aguardava uma pessoa idosa caiu e foi chamada uma ambulância, que é o procedimento usual da empresa. Quando o funcionário da Estação se aproximou para novamente oferecer outra solução para a cliente, ela estava muito nervosa e agressiva, então o funcionário se afastou, pois ele é orientado a não discutir com clientes.”
