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Após assassinato, comunidade do bairro Fátima pede mais segurança em Caxias

Após assassinato, comunidade do bairro Fátima pede mais segurança em Caxias

A morte da vigilante do Instituto Federal do Rio Grande do Sul Elizete Benedetti Xavier de Lima, de 38 anos, assassinada com um tiro no pescoço no último domingo, dia 12, após reagir a um assalto no IFRS, foi a gota d’água para a comunidade do bairro Fátima em relação à violência.

 

Na manhã desta quarta-feira, dia 15, estudantes e representantes do IFRS, juntamente com a comunidade do bairro, realizaram uma passeata pedindo mais segurança no local. Para Juliano Cantarelli Toniolo, Diretor do IFRS em Caxias, é possível perceber uma ação da Brigada Militar nestes dois dias após o crime. “Nós estamos cobrando mais efetivo da brigada, mais efetivo dos guardas municipais no entorno do nosso campus. Percebemos que é uma tentativa de remediar o que aconteceu com nossa servidora, mas pedimos que essas ações sejam uma constante”, disse.

 

Os cerca de 100 manifestantes saíram do Instituto Federal, que fica na rua Avelino Antônio de Souza, e percorreram diversas ruas do bairro. Com cartazes e gritos de “queremos segurança”, o grupo retornou pela rua Amadeo Rossi, depois pela Isabel Pezzi até retornar à instituição. Jucemar Alves, presidente da Associação de Moradores do Bairro Fátima há um ano, diz que a segurança já é debatida desde que ele assumiu a AMOB. “Nós temos uma viatura do bairro Fátima, que está sendo consertada. A polícia comunitária era para ser referência, mas aqui não está funcionando. Nosso objetivo é ajudar a Brigada Militar. Com essa falta de efetivo, estão acontecendo furtos, roubos, e agora essa morte que aconteceu no domingo”, lamenta.

 

Jucemar também destacou o retorno imediato dado à comunidade. Ele se reuniu com representantes da polícia na última segunda-feira e se mostrou solidário com a situação da Brigada Militar em nível estadual. “Ontem já tinha polícia no bairro, eles estão dando um retorno para nós. A gente sabe que eles estão governando com as ferramentas que eles têm. A gente pede a ajuda do governo do estado. Se tiver ajuda do governador do estado, a Brigada Militar vai ter muito mais efetivo e tranquilidade para fazer o trabalho da rua”, defende.

 

O comandante da 2ª CIA do 12º Batalhão de Polícia Militar, Capitão Marcelo Constante, diz que as reuniões foram justamente para debater a causa do problema. “Nós realizamos uma reunião para tentar descobrir qual é a causa do problema. Diagnosticamos uma situação ali que vamos ter que trabalhar em cima. E não é somente com o efetivo que vamos resolver isso, vamos buscar estratégias para resolver os problemas atuando na causa”, disse.

 

O Capitão Constante, no entanto, afirma que a comunidade vai perceber o maior efetivo nos próximos dias. “Nós vamos reforçar o policiamento para dar uma resposta à comunidade, mas esse reforço não poderá ficar de forma permanente lá. Com base na causa do problema, nós vamos tentar melhorar a situação lá no bairro Fátima a longo prazo”, finaliza.