Pois outro dia passei em frente de dois ou três comitês eleitorais. Já estamos a 45 dias da eleição e na semana em que começa a propaganda política na TV e rádio. È nesta terça e vai até o dia dois de outubro.
Muita gente acha que é perda de tempo, que ninguém assiste, que é … um saco. Verdade. Mas não menos verdade que muita gente acaba deixando a TV ou rádio ligado e acaba se entretendo com as promessas e acusações mútuas entre candidatos. E sem a menor dúvida o horário eleitoral gratuito, por menos que dele se goste, acaba influenciando na escolha dos candidatos para muitas pessoas. E não é por acaso que alianças esdrúxulas, partidos com históricos e programas partidários antagônicos se unam para tentar vencer uma eleição. O tempo em que estarão na rádio e na TV é proporcional ao número de deputados que estes partidos e a soma deles na aliança, tenham no Congresso Nacional. Tudo porque tempo de rádio e TV numa eleição valem tanto o u mais que dinheiro, que ideais.
Notícias Relacionadas
Brasil
Preço da carne deverá ter reajuste no RS por causa das queimadas
Fornecimento de estados atingidos pelos incêndios no Centro-Oeste do país está menor
Custo de Vida
Governo do RS encaminha isenção de ICMS para cachaça artesanal gaúcha
Estado vai apresentar ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a proposta; se aprovada, a nova regra entrará em vigor em 1º de janeiro de 2025
Agora uma eleição se define apenas com os programas de TV? Pode até ser, no caso dos candidatos a Governador, Presidente da República ou Prefeito. Mas no caso de candidatos proporcionais, como deputado ou vereador não. Aí o corpo a corpo e a estrutura de campanha com os comitês – voltando ao início deste comentário – e o número de cabos eleitorais espalhados onde estiverem os eleitores. Estes sim, são determinantes.
Nesta eleição o que venho observando com mais atenção é que existem candidatos que estão pouco preocupados com esta estrutura. Parecem acreditar que as redes sociais serão suficientes para atingir o seu eleitorado. Olha, pode até acontecer, mas aí será com uma celebridade, um fato raro. Na prática o que vale é um passado que te recomende, a capacidade de se comunicar e fazer tua mensagem chegar ao eleitor. Ou então que o candidato encarne aquilo que o eleitor enxerga como novidade promissora, o cara que será capaz de atender nossa expectativa de honestidade, trabalho e renovação na política.
Não dá pra esquecer ainda, que as pessoas votam de acordo com suas afinidades. Os votos nos candidatos a deputado refletem uma situação política do local. Aqui em Bento há os simpatizantes de partido A, B e C. Os votos se dividirão, também, por aí, independente de quem seja o candidato. E não há o que fazer quanto a isto. Se para uns a alternativa A corresponde a um modelo fracassado, para outros é esta alternativa que encanta. Isto também se chama democracia.
