Memória LEOUVE

A água bateu

A água bateu

A ÁGUA BATEU

 

Olha, foi algo inusitado o que aconteceu na reunião do CIC de ontem à noite. Quase se poderia dizer que é inédito ver tanta gente reunida quando se sabia que o foco seria pedir dinheiro. Mas o objetivo era reconhecido como prioritário, a segurança pública. “Bento Gonçalves não pode se curvar ante a criminalidade” proferiu o presidente do CIC Laudir Piccoli.

E mais uma vez aquele velho espírito bairrista (no bom sentido) e de união e de solidariedade se revertera em benefício da sociedade. Lá, na hora, uma meia-dúzia de empresários aquiesceu à ideia e anunciou a adesão  em cotas para alcançar os desejados R$ 700.000 reais que reverterão em obras e equipamentos para as forças policiais. Muitos outros o farão no silêncio. Mas o aceno destes empresários não deve ser entendido como vaidade, mas sim como estratégia para estimular novas adesões.

O Estado está muito mal no que diz respeito ao combate à criminalidade e a maior prova disto é que se precisou recorrer à força de segurança nacional.

 

Aliás um depoimento interessante do comandante do BPAT, o recém chegado tenente Coronel Saul Braga: “Os homens da Força Nacional foram recebidos com aplausos em Porto Alegre, mais justo seria aplaudir os nossos soldados, que mesmo com salários muito abaixo daqueles e ainda parcelados, combatem o crime no dia-a-dia”. Foi aplaudido.

 

O então presidente do Consepro, Geraldo Leite se despediu da função mas não deixará de colaborar como presidente do Conselho do Consepro. São 36 anos de dedicação, de estar atento e de incômodos quase diários que só o Lalo poderá dizer como enfrentou. Merece aplausos.  

 

 

Também merece citação a manifestação do promotor de Justiça Élcio Resmini Meneses. É preciso combater e prender. Mas é preciso prevenir e se previne investindo na família, na educação. Nada mais justo e correto. Um lar desagregado é ambiente próprio para a criação de bandidos. Gente sem respeito, sem amor e compaixão, sem princípios religiosos e morais. Nada se pode esperar deles.

O momento é de resolver a questão na base da repressão. É vender o almoço para pagar o jantar. Mas sabemos que é o paliativo.