Antes de qualquer outra coisa quero me desculpar. A quem acompanhava nossos textos, fiquei 90 dias sem escrever. Nestes 90 dias, fiquei praticamente 70 fora do país. No mesmo período, participei de um estudo sobre legislação e atuação legislativa, o que me tirou completamente o tempo extra entre família e trabalho. Mas o que mais pesou mesmo foi um profundo desanimo vivido após ficar o mês de outubro nos EUA. Fui para lá pensando em fazer uma série de vídeos, de textos, de fotos, um roteiro comparando as práticas entre lá e cá. Não funcionou. Uma tristeza muito grande me anestesiou. Ver o quanto estamos anos luz atrasados e saber que, se há luz no fim do túnel, não brilha mais que uma lamparina. Mas precisamos persistir e acreditar e, mais do que isso, lutar e estar à disposição do Brasil. Então aqui estamos, voltando a escrever. Dando nossa parcela para endireitar o Brasil.
Mas volto num dia de vergonha. Em mais um dia de vergonha. Volto num dia que o Brasil inteiro assiste o príncipe voltando para casa. Não sei o que é maior, se a vergonha ou a indignação. Vergonha por perceber que aqui o crime compensa. Vergonha por não ter o que dizer às pessoas de fora que me perguntam: Roubou tanto e esta livre? Como assim?
Assim, sim. Aqui se rouba e aqui não se paga. Aqui se rouba e aqui se usufrui do fruto do delito. Aqui se desvia, se superfatura, se corrompe e está tudo certo.
E indignação. Pelo mesmo motivo.
Hoje o príncipe dorme em casa. Roubou BILHÕES. Desviou BILHÕES. Superfaturou BILHÕES. Com o fruto do seu roubo, pagou uma multa milionária, fez um acordo de delação MEGA ULTRA PRÊMIADA, reduziu sua pena de 35 para 10 anos, cumpriu menos de 3 e agora passará seus dias de cárcere em casa. Em uma mansão milionária, em um condomínio de luxo, disfrutando das benesses dos seus crimes.
Mas o dia foi farto. Fora a ida de Marcelo para casa, hoje o STF teve um dia puxado. Soltou Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral, suspendeu inquérito contra Beto Richa, mandou arquivar denúncias contra quatro políticos graúdos. Fora Funaro e outro operador dos esquemas de corrupção da Petrobras, que também voltaram para casa, para se deleitar com o dinheiro de seus crimes.
É, todos estes são milionários ou poderosos e os crimes do colarinho branco compensam.
Não só. Hoje também a Brigada Militar prendeu, em plena ação criminosa, enquanto assaltava uma loja em farroupilha, um assassino condenado há 19 anos de prisão. Com o assassino, um carro roubado, armas e dinheiro roubado. O assassino, depois de 4 anos de prisão em regime fechado, já estava em casa, cumprindo prisão domiciliar.
É vergonhoso e indignante ver que aqui no Brasil criminoso, assassino, vagabundo não ficam na cadeia. Ficam soltos.
No Brasil o crime compensa. E a maioria dos políticos, em sua maioria vermelhos, esquerdistas, que estão no exercício de seus mandatos, além de legislar em causa própria, pensando sempre em defender a si próprios por seus próprios crimes, defende a marginalia, protege a bandidagem, afrouxa a lei para que as “pobres vítimas da sociedade opressora” cometa crimes e não pague por eles. Afinal são vítimas.
Não tenho dúvida de que estamos no fundo do poço. 2018 está ai. Nossa maior resposta a tudo isso tem que ser nas urnas. Começando por tirar o foro privilegiado deste monte de bandidos com mandato. Para que o crime não compense, iniciemos por não reeleger NENHUM POLÍTICO. FORA TODOS!!!!