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Visando a contribuição acadêmica, Governo do RS instala Comitê Científico para reconstrução do Estado

Comitê discutirá temas variados, incluindo sistemas de proteção de cidades, estudos para a ativação econômica, saúde pública, desassoreamento de rios e córregos, mapeamento topográfico, sistemas de alertas avançados e cultura de prevenção

Comitê Científico
Foto: Jürgen Mayrhofer / Secom

O Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do Plano Rio Grande foi oficialmente instalado nesta quarta-feira em uma cerimônia no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite. Composto por especialistas e pesquisadores de renome nacional e internacional, o comitê tem a missão de analisar e propor ações e políticas públicas para enfrentar a crise climática no Estado.

Previsto no Decreto 57.647, de 3 de junho, o Comitê Científico faz parte da estrutura de governança do Plano Rio Grande, focando no engajamento acadêmico para o desenvolvimento de projetos de reconstrução e transformação do Estado.

“Formamos um comitê plural e diverso, com especialistas do Rio Grande do Sul, de outros estados e até do exterior, para debater os projetos do Plano Rio Grande a partir da ciência”, afirmou o governador Eduardo Leite. “Estamos tratando de estratégias que demandam grandes investimentos. Para que as ações sejam mais assertivas, teremos um espaço no qual especialistas e pesquisadores poderão debater e orientar as medidas do governo.”

O comitê discutirá temas variados, incluindo sistemas de proteção de cidades, estudos para a ativação econômica, saúde pública, desassoreamento de rios e córregos, mapeamento topográfico, sistemas de alertas avançados e cultura de prevenção. Projetos como a contenção de cheias do Delta do Jacuí, em Eldorado do Sul, e no Arroio Feijó, em Alvorada e Porto Alegre, serão abordados.

Com caráter consultivo, o comitê deve elaborar pareceres encaminhados ao Comitê Gestor do Plano para decisão. As reuniões ocorrerão semanalmente, de forma híbrida, com o próximo encontro agendado para 2 de julho.

Durante a primeira reunião, todos os membros se apresentaram, e o governador detalhou o fluxo de trabalho. A coordenação do Comitê Científico está a cargo da secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, com Jorge Audy, professor da PUCRS, como vice-coordenador, e Joel Goldenfum, da UFRGS, como secretário-executivo.

“Este é um momento simbólico que destaca a contribuição do sistema gaúcho de ciência, tecnologia e inovação. Trabalharemos para que os projetos estruturantes sejam desenvolvidos da melhor forma possível”, destacou Simone Stülp. “O engajamento da academia nos fortalece neste momento desafiador.”

“Vamos contribuir para que as decisões sejam respaldadas cientificamente, reconhecendo a importância da ciência”, disse Jorge Audy.

“O grupo reúne grandes nomes na área de adaptação e resiliência climática. Poderemos avaliar, discutir e apontar as qualidades e limitações de cada projeto”, complementou Joel Goldenfum.

A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.

Funcionamento do Comitê

O Comitê Científico tem 43 integrantes fixos, incluindo coordenadores, secretário-executivo e membros de universidades e órgãos relacionados ao estudo de emergências climáticas. Consultores poderão ser convidados para tratar de temas específicos conforme necessário.

A secretaria executiva agenda as reuniões e define as pautas a serem discutidas, encaminhadas pelo Comitê Gestor de acordo com os eixos do Plano Rio Grande. O Comitê Científico analisará os projetos, que podem ser originários do governo, da academia ou da sociedade, emitindo pareceres sobre aspectos técnicos, tecnológicos e científicos.