Violência sexual contra menores tem números expressivos em Farroupilha

Traumas, insegurança, medo, repulsa, vontade de tirar a própria vida, estes podem ser alguns dos diversos problemas dos quais crianças que são abusadas sexualmente sofrem durante o resto da vida.

Em Farroupilha, durante o ano de 2022, 31 casos foram registrados no Conselho Tutelar entre crianças e adolescentes de 0 a 18 anos, o que aumenta ainda mais a preocupação com este tipo de violência.

Dos 31 casos, contra crianças de 0 a 11 anos foram registrados 11, já entre 12 a 18 anos, o número salta para 20. Lembrando que estes são apenas os casos que tiveram registro, porém muitas crianças que passam por esta situação diversas vezes não contam para ninguém, guardando a dor e sofrimento apenas para si.

Segundo Magela Dewes, conselheira tutelar atuante em Farroupilha, as informações de abuso chegam de diversas formas:

“Tem todo tipo de caso, chega de todas as formas. Tem os casos que a própria criança denuncia, pedem socorro na escola, tem um caso do vizinho que denuncia, a própria mãe (denuncia), mas sempre acaba chegando aqui pra nós pra gente tratar do assunto”, explica ela.

Assim que identificado o caso de abuso, a criança é encaminhada para o Centro de Referência ao Atendimento Infanto Juvenil (Crai), em Caxias do Sul, e posteriormente para a assistência social, passando por atendimento também por profissionais da psicologia.

Na maioria dos casos os abusadores são do próprio círculo familiar da criança, assim como explica Magela:

“A maioria dos casos é no núcleo familiar, se for fazer um ranking é padrasto, pai, e depois algum familiar, padrinho, conhecido, mas no ranking mais os padrastos, infelizmente”. Ainda de acordo com ela as crianças e jovens mais violentadas são as meninas.