Bento Gonçalves

Vigilância Epidemiológica de Bento Gonçalves emite novo informe sobre a DDA

Amostras enviadas para analise resultaram positivas para o Norovírus

Imagem: Divulgação
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O Serviço de Vigilância Epidemiológica de Bento Gonçalves, através do Sistema de Monitoramento das Doenças Diarreicas Agudas (SIVEP-DDA), acompanha sistematicamente os atendimentos dos casos de diarreias agudas no município. Nas três primeiras semanas do mês de outubro (01 a 21/10) foram contabilizados 1.204 casos de DDA, mostrando que a situação ainda não diminuiu.

Do total de casos de Bento Gonçalves, 33,8% está na faixa etária menor de 20 anos (crianças e adolescentes). A grande maioria dos doentes tem 20 anos ou mais (66,2%). Cerca de 53,9% dos doentes reside em 12 bairros: São Roque, Santa Helena, Ouro Verde, Vila Nova I e II, Aparecida, Zatt, Borgo, Municipal, Humaitá, Progresso e Botafogo. Além de diarreia, um número menor de doentes relatou episódios de vômito e de dor abdominal. A febre não tem sido um sinal predominante entre os casos.

A Vigilância Epidemiológica enviou para o Laboratório Central do Estado (LACEN) 16 amostras de fezes dos doentes. Até a presente data, o LACEN informou que 3 amostras resultaram positivas para o Norovírus. As demais amostras ainda estão sendo analisadas. Em estudos clínicos, aproximadamente dois terços das pessoas infectadas com norovírus apresentam algum dos sintomas da doença.

De acordo com o Alerta Epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde, 25 municípios gaúchos identificaram surtos de DDA: Dois Irmãos, Esteio, Morro Reuter, Porto Alegre, Bento Gonçalves, Nova Prata, Carlos Barbosa, Garibaldi, Monte Belo do Sul, São Marcos, Pinto Bandeira, Santa Maria, Lavras do Sul, Colorado, Saldanha Marinho, Santana do Livramento, Santa Cruz do Sul, Mato Leitão, Horizontina, Tucunduva, Santa Rosa, Santo Cristo, Barra Funda, Sarandi. O agente Norovírus foi identificado como causador do surto em 9 cidades e a investigação está em andamento para determinar a causa nos outros 16.

A DDA é uma síndrome causada por vários agentes etiológicos (bactérias, vírus, parasitas), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações que podem ser aquosas ou de pouca consistência. Pode vir acompanhada de vômito, febre e dor abdominal. No geral são autolimitadas com duração de 2 a 14 dias. O tratamento é de natureza eminentemente sintomática, através da reidratação oral. Ocasionalmente a soroterapia é uma conduta preconizada em algumas situações para evitar a desidratação severa.

Em geral, a transmissão dos agentes causadores de DDA costuma ocorrer através da via fecal-oral, seja pela ingestão de água ou de alimentos contaminados, pelo contato com objetos contaminados ou, ainda, pelo contato pessoa a pessoa. Estas situações permitem um alto alastramento dos agentes causadores dessa doença na comunidade.

As principais medidas de controle e prevenção incluem a lavagem de mãos frequente, especialmente após ida ao banheiro, trocas de fraldas e antes de comer ou preparar a comida. A lavagem cuidadosa de frutas e vegetais de preferência com cloro, devem seguir as orientações contidas no rótulo da embalagem do produto. Cuidados com a água para consumo humano como, por exemplo, a fervura da água não tratada e o não consumo dela se a fonte não for segura são medidas importantes para o controle de agentes etiológicos de transmissão principalmente hídrica. Após cozinhar os alimentos os mesmos devem ser manipulados de maneira adequada sobre superfícies limpas e de preferência não porosas. Limpar as superfícies contaminadas com álcool ou hipoclorito de sódio sempre que possível, por exemplo, banheiros, pias para lavagem de mãos, entre outros. Os reservatórios domiciliares e de abastecimento (caixas d’agua) precisam ser limpos de preferência anualmente.

Com informações do Serviço de Vigilância Epidemiológica de Bento Gonçalves.