As obras para a retirada das rochas que ainda estão presas ao talude, às margens da ERS-122, no Km 43, entre Farroupilha e São Vendelino, foram retomadas nesta quinta-feira (28). Elas haviam sido paralisadas durante a quarta-feira (27) devido às chuvas que caíram na região. Mesmo com o solo ainda bastante instável, a perfuratriz iniciou os trabalhos por volta das 8h. Ao todo já foram feitos em torno de 20 perfurações de cerca de 11 metros cada uma. Ainda não há uma previsão de quantos furos serão necessários e nem de quando serão realizadas as detonações no local.
Após isso, ainda haverá o trabalho de limpeza do material, recuperação do asfalto e sinalização da rodovia. Uma equipe técnica do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) irá ao local para analisar a situação e só depois será tomada uma decisão sobre a liberação parcial do fluxo de veículo. A autarquia já admite que a liberação total do trânsito, deverá ficar para o começo do ano que vem.
Conforme o Diretor de Operações Rodoviárias, Sandro Wagner dos Santos, em entrevista ao Jornal Leouve, os trabalhos estão evoluindo, mas é preciso pensar na segurança de todos.
“O terreno está muito úmido e perigoso. Nossas equipes estão trabalhando de forma continua, porém é preciso ter cuidado com novos deslizamentos. O maquinário está ancorado a um escavadeira e os trabalhadores usam cordas de proteção. Não podemos descartar que, devido as perfurações, as rochas voltem a cair causando um acidente. Essa é a nossa maior preocupação: trabalhar com calma e segurança para liberar a rodovia o quanto antes”, disse.
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Já o engenheiro da Encopav, empresa contratada pelo Daer, Roberto Bortolossi Filho, explicou como será os trabalhos de detonações da rocha, que tem o volume quase duas vezes maior que as pedras que caíram na noite de 4 de novembro. De acordo com ele, serão feitas em torno de três a quatro linhas de fogo. A ideia é que em um primeiro momento a rocha se solte do talude e que menos de um segundo depois, uma nova explosão detone a pedra para que ela caia já em pedaços. Ainda não se sabe a quantidade de explosivos que serão usados.
BURACOS NAS RODOVIAS
O bloqueio da ERS-122 fez com que o movimento em outras rodovias aumentassem nesses últimos 24 dias. A RSC-453, em direção a Bento Gonçalves e a ligação de Farroupilha com Caxias do Sul, para quem deseja utilizar a BR-116 para ir a Porto Alegre foram as vias que mais sentiram o alto fluxo de veículos. Com isso, os buracos voltaram a se tornar uma trastorno aos condutores. Um dos pontos é o Km 59 da ERS-122, na chegada de Farroupilha, onde um buraco de quase 3 metros de comprimento obriga os condutores a invadirem a pista lateral para poder desviar, com o risco de uma colisão.
Conforme o Diretor de Operações, ao menos até o dia 10 de dezembro, nenhuma obra de recuperação será feita nas rodovias estaduais. Isso porque a Petrobras, única fornecedora de material asfáltico, suspendeu o fornecimento até essa data. O Daer já fez o pedido de asfalto para após o dia 10 e espera realizar o trabalho assim que o material for entregue.
