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Vida de gado, povo feliz?

Vida de gado, povo feliz?

Estamos começando o quinto mês deste 2018 e, ao contrário do que se previa ainda no ano passado, que estávamos iniciando um tempo de recuperação da economia brasileira, o que se vê é que ainda há muita escuridão pelo caminho.

Porque, na contramão da anunciada recuperação da economia brasileira depois da derrubada da presidente já lá em 2016, todos os indicadores divulgados na semana passada gritam que algo está mesmo muito errado na propaganda do governo e no que tenta nos fazer acreditar a imprensa amiga.

Pois o anunciado rombo fiscal de março, de R$ 24 bilhões, foi simplesmente o maior da história, a provar que o prometido ajuste fiscal não passa de conversa pra boi dormir. A taxa de investimentos, então de 1,17% do PIB – que aliás já é um dos menores produzidos nos últimos anos –, é a menor em 50 anos, a confirmar que a crise serve como desculpa para piorar os serviços públicos que já eram precários. E, claro, cobrar preços cada vez maiores de quem cada vez menos pode pagar.

A produtividade do trabalhador despencou com o avanço da informalidade, ao contrário do que se dizia da reforma trabalhista, e hoje essa informalidade abraça mais de 30 milhões de trabalhadores no país. Além disso, o desemprego avança e já atinge mais de 13 milhões de brasileiros, enquanto a pobreza extrema conta 16 milhões de nativos.

E o pior de tudo é que todas as projeções sobre o crescimento da economia foram e seguem a cada dia rebaixadas ainda mais, a comprovar que ainda estamos vivendo a maior tragédia da história dessa nação de botocudos.

É ainda mais difícil lembrar que todas as projeções do primeiro mundo indicavam que este 2018 veria o Brasil caminhar pra ser a quinta maior economia do mundo, mas a realidade é que nossa república de bananas vive sua autodestruição comandada por um consórcio de ladrões.

E o resultado disso é que os empregos ficam cada vez mais escassos, o futuro das próximas gerações parece condenado porque os investimentos em educação, segurança e saúde estão sofrendo de inanição, e porque milhões voltam rapidamente à miséria.

E enquanto o povo sofre, a ignorância, o preconceito, a intolerância e o desrespeito às diferenças são elementos que compõem uma tragédia que não está nem perto de chegar ao fim.

E enquanto segue sua sina de sofrer, o povo brasileiro vai tocando sua vida de gado. Povo marcado, povo feliz.