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Vice-prefeito de Agudo é preso em ação da Polícia Civil

Mandados judiciais foram cumpridos contra quadrilha estruturada dentro da prefeitura (Foto: Polícia Civil / Divulgação)
Mandados judiciais foram cumpridos contra quadrilha estruturada dentro da prefeitura (Foto: Polícia Civil / Divulgação)

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira, dia 13, Moises Carlos Kilian (MDB), vice-prefeito de Agudo, pequeno município de pouco mais de 17 mil habitantes localizado na Região Central do Rio Grande do Sul, em uma operação que investiga uma organização criminosa que atua na administração municipal. Além dele, outras seis pessoas também foram presas com dinheiro, documentos, armas e munições que foram apreendidas.

A ação, realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Deat) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), é resultado de uma inquéritoo que há mais de um ano invetiga uma organização suspeita de fraudar procedimentos licitatórios. Segundo o delegado Max Ritter, esta organização possivelmente combinava valores e práticas de retirada do fracionamento das compras. O grupo ainda buscava se enquadrar nos limites legais para dispensa de licitação com o objetivo de não demonstrar que estaria ocorrendo irregularidades.

O delegado André Anicet, também responsável pela investigação, informa que a operação teve por finalidade apreender documentos, o sequestro de bens patrimoniais, verificação de envolvidos e a prisão dos principais alvos.

Hoje pela manhã, entrou em ação a operação Fogo Fátuo que tem como objetivo reprimir os crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais, fraudes licitatórias e peculato. A operação foi deflagrada nas Regiões Central e Metropolitana e a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 44 de busca, apreensão e bloqueio de ativos dentro do esquema de fraudes encontrado dentro da prefeitura de Agudo.

Além destes, estão sendo investigados empresários do ramo de máquinas e peças contratados pelo município de Agudo mediante dispensa de licitação, motoristas e assessores. Conforme auditoria do Tribunal de Contas do Estado entre os anos de 2015 e 2016 o prejuízo com a fraude pode chegar a R$ 1,1 milhão. Três pessoas foram presas em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, sendo duas em Agudo e uma em Porto Alegre. O motorista do executivo municipal Gilberto Flávio Streck não foi localizado e é considerado foragido por ter um mandado de prisão preventiva contra ele. Kilian também foi detido por não possuir porte de armas.

 

Mandados judiciais foram cumpridos contra quadrilha estruturada dentro da prefeitura (Foto: Polícia Civil / Divulgação)