
O clima político segue intenso em Bento Gonçalves. Após decisão judicial que determina a cassação da Coligação Gente que Faz Bento, foi protocolada em sessão ordinária na tarde desta segunda-feira (30), na Câmara de Vereadores, a abertura de CPI de uso da máquina pública, para investigar possíveis atos de improbidade administrativa por parte do atual prefeito Guilherme Pasin.
O pedido de abertura da CPI foi protocolado pelo vereador Moacir Camerini (PSB) e contou com a assinatura de outros cinco integrantes da casa, que pedem que seja aberta a investigação para apurar o uso indevido da máquina pública por parte da atual prefeitura em benefício da coligação Gente que Faz/Bento, o que segundo o vereador beneficiou não só o prefeito e vice eleitos, Diogo e Amarildo, como também vereadores eleitos da chapa em questão.
Além de Camerini, assinaram também o requerimento os vereadores Agostinho Petrolli (MDB), Moises Scussel (Republicanos), Mazocchin (PTB), Gustavo Sperotto (PSD) e Lerin (MDB).
Camerini questiona também o fato de supostamente o prefeito ter enviado cartas e áudios um dia anterior ao pleito, solicitando votos à comunidade para Diogo Siqueira, como formas de propaganda eleitoral.
Outro argumento favorável à abertura da CPI e que foi apresentado na sessão, foi a utilização de máquina pública como forma de manutenção de poder.
Protocolado, o pedido será levado à Plenário na Câmara, sem regime de urgência. Serão analisados se os requisitos legais para admissibilidade da instalação da CPI estão contemplados. Um dos requisitos, que é a assinatura de pelo menos seis vereadores da casa, está respeitado.
Caberá ao presidente da casa, vereador Rafael Pasqualotto, submeter a abertura da CPI à votação do plenário. Para aprovação, será necessário o voto da maioria simples, que consiste em 50% da bancada mais um.