Caxias do Sul

Vereadora caxiense Estela Balardin é absolvida de denúncia e prossegue no mandato

Crédito: Bruna Giusti
Crédito: Bruna Giusti

A vereadora Estela Balardin/PT foi absolvida de denúncia, na sessão ordinária da última quinta-feira (04/11), e prossegue normalmente no exercício do próprio mandato parlamentar. Em plenário, por maioria (12 X 8), foi rejeitado o projeto de resolução (PR) 8/2021, por meio do qual a Comissão de Ética Parlamentar, presidida pelo vereador Maurício Marcon/sem partido, pedia a suspensão de Estela por 30 dias, com perda de subsídios no período. A matéria está arquivada no âmbito do Legislativo caxiense.

O PR 8/2021 havia sido provocado pelo ofício 439/2021, com denúncias de Marcon contra Estela. O parlamentar alegou ter se sentido lesado por acusações da petista, chamando-o de homofóbico, machista e racista. No âmbito da comissão, votaram pela punição os vereadores Adriano Bressan/PTB, Alexandre Bortoluz/PP e Gladis Frizzo/MDB, com o voto contrário do vereador Lucas Caregnato/PT.

Na sessão, Estela foi defendida pelos advogados João Ubiratã dos Reis e Lúcio Costa, além da vereadora Denise Pessôa, líder da bancada do PT. “Violentar mulheres negras e jovens busca frear a ocupação de espaços democráticos, a partir da tentativa do silêncio”, disparou Lúcio. Enquanto isso, Denise exibiu reproduções de postagens e comentários das redes sociais de Marcon, com viés ofensivo a ela, à Estela e a outros políticos petistas. “A internet não é terra de ninguém. Infelizmente, as nossas vozes e ideias ainda causam estranheza para alguns”, lastimou Denise.

Antes da votação do PR 8/2021, o plenário também rejeitou uma questão de ordem, a partir da qual Marcon tentou obter mais 20 minutos de arguição, a partir da tribuna. A solicitação terminou reprovada por 15 X 7. “Precisa haver respeito. Eu recebi culpas. A divergência é saudável na democracia. Não se pode xingar de forma leviana. Perderam-se a lógica e a coerência”, lamentou Marcon.

A vereadora Estela ocupou a tribuna, de onde reforçou a linha de argumentação da sua defesa. “Eu mereço o espaço da Câmara, tenho uma honra e entendo que a minha família tem que ser respeitada. Eu vou continuar. Quem luta a vida inteira não para por 30 dias. Precisamos sonhar com um mundo livre da desigualdade”, ponderou a petista.

Outros vereadores ainda se manifestaram, durante a discussão em torno do projeto de resolução. Já arquivado na Casa, o texto não gerará consequências às partes envolvidas.