Farroupilha

Vereadora acusada de discriminação racial fala em armação contra ela

Vereadora acusada de discriminação racial fala em armação contra ela
Eleonora emitiu uma nota se desculpando com o povo nordestino. Foto: Gabriel Venzon/Câmara de Vereadores

“Eu estava falando de politico corrupto, e não do povo nordestino, mas fui mal interpretada”. Foi assim que a vereadora de Farroupilha Eleonora Broilo (PMDB) se defendeu das acusações de que teria cometido discriminação racial ao citar nordestinos em seu pronunciamento em plenário na segunda-feira, dia 22. A vereadora falou sobre o caso na tarde desta quarta-feira, dia 24.

Eleonora admitiu que errou na maneira de se expressar e ressaltou que estava falando apenas de políticos corruptos.

“Eu realmente cometi um erro no falar, porque nós estávamos falando de contesto político e de políticos corruptos, e eu só estava falando de politico corrupto, nem se quer dos políticos eu falei. Peguei o gancho do vereador Raul Herpich (PDT) que disse que os políticos gaúchos não sabem fazer politica, e ainda citou os nordestinos como referência. Foi aí que eu pedi a palavra e me manifestei sobre o assunto, e só peguei o gancho, se ele tivesse falando por exemplo em políticos cariocas eu teria pegado o gancho da mesma forma. E volto a ressaltar: eu estava me referindo à política, não tinha como falar em outra coisa, pois o assunto era esse, tanto é que eu me retratei em seguida pedindo desculpa e explicando que eu não falei do povo nordestino e sim dos políticos. Ao meu ver, isso foi uma armação muito grande, e o que acontece na verdade é que o povo da região nordeste está sendo usado pra arma contra a minha pessoa”, ressalta.

A vereadora do PMDB também comentou sobre a instauração da Comissão de Ética, encaminhada na tarde desta terça-feira, dia 23. Segundo Eleonora, ela está preparada para receber qualquer uma das punições sujeitas.

“Olha espero que a comissão de ética analise esse caso de forma justa, mas confesso que espero qualquer coisa, ainda mais vindo dos partidos de situação. Ao meu ver existe uma perseguição contra ao meu mandato já que eu estou sempre atuando na comunidade e buscando soluções para os problemas da sociedade.

A comissão terá 30 dias para ouvir os envolvidos, examinar os arquivos da sessão, solicitar auxílio de profissionais caso julgar necessário e da Ouvidoria da Câmara. O prazo poderá ser prorrogado por outros 30 dias. O relatório pode apontar que não houve abuso por parte da vereadora, pode indicar uma advertência, pode acarretar em uma suspensão temporária do mandato ou mesmo na cassação do mandato da médica pediatra.

Confira na integra o que diz a vereadora Eleonora Broilo: