Vereador denuncia presidente do Legislativo de Bento por cerceamento de trabalho e possíveis irregularidades administrativas

Durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves desta segunda-feira (27), o vereador e líder de bancada, Anderson Zanella (PP), se manifestou durante tribuna e utilizou o espaço para denunciar supostas irregularidades que estão sendo cometidas pelo presidente do Legislativo, Rafael Pasqualotto (PP).

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De acordo com Zanella, há uma flagrante falta de transparência e boicote ao trabalho dos vereadores da Casa ao exercerem a função de fiscalizar os gastos do Legislativo de Bento Gonçalves. O vereador afirma que há licitações desnecessárias, que oneram o gasto público. Afirma ainda que não há transparência quanto a questionamentos efetivados por vereadores junto a presidência da Casa. Que o acesso as informações solicitadas estão sendo dificultadas, com o objetivo de minar o trabalho dos parlamentares.

Em um ponto que gerou polêmica, vereadores aprovaram o repasse de 3.2% do orçamento do Executivo para a Câmara de Vereadores para o exercício 2024. No entanto, o presidente da Câmara, Rafael Pasqualotto, encaminhou a emenda 41 da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), solicitando o repasse de 6% de recurso orçamentário para o próximo ano. O percentual de 6% é o teto previsto em Lei, porém, parlamentares de Bento Gonçalves salientam que essa verba é muito acima do necessário para os custos do Legislativo e rejeitaram a emenda.

Durante o uso da tribuna, Zanella efetivou outras críticas para a presidência da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves, afirmando que requerimentos assinados, muitas vezes, por seis ou mais vereadores, estão sendo barrados. Zanella comunicou que a presidência da Casa apenas efetiva esclarecimentos ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público, e mesmo assim, os parlamentares têm dificuldades em acessar as respostas da presidência, uma vez que as informações são ocultadas do Portal da Transparência.

A crítica de Zanella é que, segundo ele, há um “autoritarismo, uma ditadura presidencial” e que “a vontade presidencial não deve ser vontade única. Não podemos ter desperdício de dinheiro público”. Durante a sua fala, reafirmou que encaminhou requerimentos para a presidência do Legislativo e que os mesmos não foram respondidos.