Bento Gonçalves

Vereador de Bento Gonçalves que denunciou caso dos paralelepípedos critica prefeitura, mas não crê em má-fé

Vereador de Bento Gonçalves que denunciou caso dos paralelepípedos critica prefeitura, mas não crê em má-fé

O caso dos paralelepípedos que fora exposto no Portal Leouve segue levantando dúvidas na população de Bento Gonçalves. O material, de propriedade da prefeitura, foi encontrado despejado em frente a uma empresa privada durante a tarde da última terça-feira (16) e causou confusão.

Na ocasião, vereadores da cidade apontaram que as pedras, que originalmente foram retiradas da entrada do Bairro Santa Rita, deveriam ser encaminhadas ao pátio da prefeitura, porém, foram deixadas em um terreno particular, no bairro Jardim Glória. Questionada, a gestão municipal emitiu uma nota, afirmando que o material fora descarregado lá para “dar agilidade aos processos” das obras que visam melhorias no acesso ao Santa Rita. Além de afirmar que existia um acordo entre poder público e proprietários da companhia privada para descarregar os paralelepípedos naquele ponto.

Tal documento foi solicitado pela equipe de jornalismo, porém, até o presente momento, não foi apresentado.

A explicação da prefeitura não convenceu. Quem afirma isso é o Vereador José Gava (PDT), que foi um dos primeiros a verificar a situação no local. Ele concedeu entrevista ao Grupo RSCOM, e, segundo o político, ao ver os paralelepípedos, entrou em contato com o secretário de Obras. Este, afirmou que não havia autorizado o despejo das pedras no pátio da empresa. Posteriormente, o vereador contatou a companhia responsável pelo serviço, no caso, a Concresul. Então foi informado que uma ordem partiu da secretaria de Mobilidade Urbana e indicava que as cargas deveriam ser deixadas justamente na frente da companhia do setor privado. Gava destacou que crê num mau planejamento da condução do material e não acredita em má-fé, porém, caso tenha havido, o caso deve ser apurado.

O questionamento recai novamente sobre a prefeitura, uma vez que a empresa em questão, onde os paralelepípedos foram deixados, supostamente, seria de propriedade de um familiar do secretário de mobilidade urbana. Além disso, a manobra, que deveria “dar mais agilidade ao processo”, causou um gasto de dinheiro público com horas-máquina para remoção dos paralelepípedos.
Indagada sobre o que será feito para averiguar o caso, a gestão respondeu afirmando que “será aberto procedimento interno para verificar”.