As condições estruturais da Estação Rodoviária de Caxias do Sul têm gerado preocupação em alguns passageiros e usuários que frequentam o espaço, localizado na Rua Ernesto Alves, área central da cidade. O vereador Ricardo Zanchin (Novo) levou o assunto à tribuna do Legislativo recentemente, e afirma que a rodoviária “está num estado deplorável”.
O parlamentar relata que tem recebido reclamações relacionadas a aspectos visuais, de higiene, limpeza e organização, em seu gabinete. Zanchin entende que a Estação Rodoviária é um dos cartões de visita do município e merece mais atenção, principalmente, com o aproximar da 34ª edição da Festa Nacional da Uva.
“Temos problemas de rachaduras, infiltrações, alguns problemas com extintores de incêndio que a gente viu que não tem. Basta frequentar para você ter essa visão. A questão de segurança, a questão da acessibilidade para cegos, os problemas da localização da Estação Rodoviária também são antigos em Caxias”, disse.
O vereador ressalta que os passageiros do transporte coletivo de viagem precisam de um lugar que acolha, seja agradável visualmente e tenha conforto.
“É a segunda vez que falo [do assunto] na tribuna, e eu acho muito importante porque Caxias do Sul está fazendo todo o esforço para que a gente tenha uma boa Festa da Uva. É a nossa principal festa, gera renda, emprego, tributos, impostos. Alguns turistas virão de carro, outros de avião, mas de ônibus também, a Estação Rodoviária é muito importante”, observa.
Num primeiro momento, Zanchin sugere levantar o assunto junto a comunidade e colegas-vereadores, evidenciando os principais problemas, para, então, se reunir com as autoridades responsáveis e apontar possíveis soluções de revitalização do espaço. Como exemplo, o parlamentar do Novo cita a Estação Rodoviária de Belo Horizonte, capital do Estado mineiro.
“As pessoas até vão lá pra ter um momento de lazer”, diz.
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Contraponto
A Estação Rodoviária de Caxias do Sul é administrada pela empresa MG Terminais Rodoviários LTDA. por meio de parceria público-privada. O contrato de concessão, mantido com o Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (DAER), tem vigência de 20 anos, prazo que expira em 2034.
Segundo o diretor da rodoviária, Glauber Gobbato, após a pandemia da Covid-19, período marcado por uma redução no número de passageiros, foram feitas intervenções com o intuito de melhorar o ambiente. Ele relata que a estrutura, inaugurada em 1975, é sólida, e que foram feitos reparos nas instalações elétricas, e reforma no saguão.
“A gente não está tendo problemas para manter o prédio, em si, em condições de uso. [Há] algumas coisas pontuais, que ainda falta achar solução, como o estacionamento. Nós temos um projeto para isso”, relata Gobbato.
Ainda conforme o diretor, em relação a acessibilidade, a rodoviária cobre o que está previsto no contrato de concessão. Salientou que, no saguão, foi instalado um ponto de venda de alimentos de origem italiana, em alusão à Festa da Uva.
“Eu tenho projetos, tenho estudos, tenho tudo isso aí para poder fazer a coisa melhorar. Mas realmente passa pela ajuda e pelo entendimento do poder público. Espero que isso gere frutos para podermos fazer as melhorias que estão apontando na Câmara de Vereadores”, acrescenta.
Atualmente, de acordo com Gobbato, em torno de 40 mil pessoas utilizam o serviço por mês. Os destinos variam, desde o Litoral Norte gaúcho até pontos específicos fora do Estado, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Oferece, também, serviço de despacho e recebimento de cargas e encomendas.
