Comportamento

Vazão do Rio das Antas preocupa autoridades em Nova Pádua e região com usinas geridas pela Ceran

Uma das usinas fica entre Nova Pádua e Nova Roma do Sul

Vazão do Rio das Antas
Usina Monte Claro (Foto: Divulgação)

Diante de tanta chuva, a vazão do Rio das Antas preocupa autoridades em Nova Pádua e regiões atendidas pela Ceran. A Companhia Energética Rio das Antas está atenta ao aumento abrupto nas medições de vazão vertida do rio. Sendo que a  empresa é responsável pela construção e operação das usinas hidrelétricas Monte Claro (130 MW), Castro Alves (130 MW) e 14 de Julho (100 MW). A vazão vertida representa a quantidade de água que é liberada dos reservatórios pelas hidrelétricas, e seu monitoramento é importante para prever possíveis enchentes na região.

Detalhamento da Situação:
A Usina 14 de Julho (Cotiporã/Veranópolis) exibiu um aumento particularmente notável na vazão vertida, com um salto de 699.93 ㎥/s para 1537.01 ㎥/s entre 25 e 26 de setembro de 2023.

A Usina Monte Claro (Nova Roma do Sul/Veranópolis) também registrou um aumento considerável, de 639.30 ㎥/s para 1588.99 ㎥/s, assim como a Usina Castro Alves (Nova Pádua/Nova Roma do Sul), que apresentou um aumento de 426.76 ㎥/s para 912.32 ㎥/s no mesmo período.

As medições foram disponibilizadas no site da operadora, e os dados se referem as medições realizadas às 7hs dos dias 25 e 26 de setembro respectivamente.

Estes números representam uma variação substancial, elevando significativamente os níveis de alerta entre as autoridades locais. O Rio das Antas, devido à sua conectividade com o Rio Taquari, serve como um indicador vital para prever enchentes no Vale do Taquari, uma região que já vivenciou o desespero das inundações anteriormente.

Implicações para a Região

O aumento significativo na vazão do Rio das Antas desperta um alerta para as autoridades e moradores do Vale do Taquari, uma vez que alterações significativas nos níveis de vazão podem preceder eventos de enchentes. Neste cenário, a monitorização constante se torna imprescindível para identificar tendências e permitir intervenções tempestivas, garantindo a segurança e a prontidão da população local e de áreas adjacentes.

O aumento nas vazões do Rio das Antas reforça a necessidade de vigilância intensificada e cooperação entre autoridades, operadoras de usinas e a comunidade. É imperativo manter a população informada e preparada para responder a qualquer eventualidade, mitigando os riscos associados a enchentes potenciais. A prontidão e a conscientização são as principais linhas de defesa contra os impactos devastadores que as enchentes podem desencadear.

Polêmica recente e posicionamento da Ceran
Em meio às devastadoras enchentes, surgiram questionamentos acerca da influência das barragens da Ceran no agravamento das inundações. Em resposta, a Ceran emitiu uma nota oficial, esclarecendo que, apesar dos altos níveis de vazão registrados, as barragens operam com vertedouros do tipo soleira livre, incapazes de armazenar ou regular o fluxo do rio. A empresa reforça que todas as medidas de segurança foram rigorosamente seguidas, não havendo riscos de rompimento das estruturas. A Ceran se compromete a manter a transparência e cooperação, fornecendo todos os esclarecimentos necessários ao poder público.

Fonte: Com informações da Ceran, Agora no Vale e Defesa Civil