Nesta segunda-feira (17), o Vaticano emitiu um documento que abre a possibilidade de laicos casados se tornarem padres na Amazônia, mas apenas sob determinadas condições. A medida se aplicaria àqueles que tiverem, de preferência, ascendência indígena, famílias estruturadas e forem vinculados à igreja.
O documento ressalta a dificuldade que as comunidades amazônicas encontram para celebrar a Eucaristia e os demais rituais católicos, devido a falta de sacerdotes.
Além disso, o Vaticano ainda pede que os bispos discutam formas de garantir espaços de liderança às mulheres na igreja. O texto sugere que seja “identificado o tipo de ministério oficial que possa ser conferido às mulheres, tendo em conta o papel central que elas desenvolvem na Igreja amazônica”.
Essa é a primeira menção direta em um documento do Vaticano à possibilidade de homens casados se tornarem padres. Hoje, eles podem exercer apenas a função de diáconos.
As propostas do Vaticano serão discutidas no Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, que acontecerá de 6 a 27 de outubro e discutirá a evangelização de povos nativos e a preservação da floresta.