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Vacina contra febre amarela deve ser aplicada dez dias antes da viagem

Vacina contra febre amarela deve ser aplicada dez dias antes da viagem
Os casos de febre amarela registrados no país, segundo o comunicado, permanecem no ciclo silvestre da doença (Foto: reprodução)

A poucos dias do início do carnaval, o Ministério da Saúde reforçou nesta segunda-feira que a vacina contra a febre amarela deve ser aplicada pelo menos dez dias antes de qualquer viagem para locais do país onde há recomendação de imunização. A pasta destacou que a orientação só é válida para pessoas que nunca se vacinaram: quem já tiver recebido uma dose ao longo da vida não precisa procurar novamente os postos de saúde.

“Para garantir a proteção, a dose deve ser aplicada com, pelo menos, dez dias de antecedência à viagem, tempo necessário para o organismo produzir os anticorpos contra a doença”, informou o ministério por meio de nota. Ao todo, 20 estados e o Distrito Federal fazem parte da chamada Área com Recomendação de Vacinação. “Para quem vai se deslocar no período do carnaval para uma dessas áreas, a recomendação é buscar a imunização até o fim de janeiro”.

Os casos de febre amarela registrados no país, segundo o comunicado, permanecem no ciclo silvestre da doença – quando a enfermidade é transmitida apenas por mosquitos encontrados em regiões de mata, dos gêneros Haemagogus e Sabethes. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942. “Portanto, os cuidados devem ser redobrados para os viajantes que se deslocarem para zonas rurais e áreas de mata”, informou o ministério.

Ainda de acordo com o governo federal, desde 2017 até o momento, foram encaminhadas cerca de 57,4 milhões de doses da vacina para todo o país, sendo 48,4 milhões de doses apenas para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, onde a estratégia de vacinação está sendo intensificada.

Dose única
Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única contra a febre amarela, recomendado a partir de 2014 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o ministério, estudos comprovaram que uma dose é suficiente para proteger a pessoa durante toda a vida.

“A vacina para a febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença, e confere proteção entre 90 e 98%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos”, destacou a nota.

Para algumas populações, a vacina é contraindicada. São elas: pessoas com alergia grave ao ovo; portadores de doença autoimune; pacientes em tratamento com quimioterapia/radioterapia; crianças menores de 6 meses e pessoas que vivem com HIV/aids (com contagem de células CD4 menor que 350 células/mm3).

“Para essas pessoas, a prevenção pode ser feita com uso de repelentes e roupas de manga comprida, além de evitar locais com evidência de circulação do vírus”, orientou a pasta.
Outros grupos devem ser vacinados somente se estiverem em áreas de risco e, antes, devem ser avaliados por um serviço de saúde para definir se há necessidade de vacinação.

É o caso de gestantes; mulheres que estão amamentando; idosos; pessoas que vivem com HIV; pacientes que já terminaram o tratamento com quimioterapia/radioterapia; e pessoas que fizeram transplante.