Cerca de um milhão de pessoas tiveram de abandonar suas casas na Faixa de Gaza, devido à guerra que eclodiu após o letal ataque do grupo islâmico palestino Hamas em Israel, em 7 de outubro, informou a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) neste domingo (15). A diretora de comunicações da UNRWA, Juliette Touma, disse à AFP que “um milhão de pessoas tiveram de se deslocar durante os primeiros sete dias da guerra” entre o Hamas, no poder em Gaza, e Israel.
“O número provavelmente vai aumentar, porque as pessoas continuam a deixar suas casas”, acrescentou. Israel urgiu os habitantes do norte do território palestino sitiado – onde vive cerca de 1,1 milhão de pessoas em uma população total de 2,4 milhões – a fugirem para o sul, à espera de uma ofensiva terrestre para destruir o centro de operações do movimento islâmico.
Mais de 2,3 mil pessoas morreram na Faixa de Gaza em bombardeios israelenses, incluindo mais de 700 crianças, segundo as autoridades locais. No ataque do Hamas em solo israelense, mais de 1,3 mil pessoas perderam a vida, e 126 foram sequestradas, conforme os últimos números das autoridades de Israel.
No início, as autoridades israelenses divulgaram o número de 150 israelenses e estrangeiros capturados pelos islamitas. O balanço, que não é definitivo, foi revisto para baixo, após a descoberta de corpos no sul de Israel, explicaram as autoridades.
O porta-voz do Exército israelense, Richard Hecht, afirmou que o número de 126 os reféns foi “confirmado” e que os soldados encontraram os corpos de alguns deles durante suas incursões ao enclave palestino. O Exército não deu mais informações.
O Hamas, que governa este pequeno território de mais de 2 milhões de habitantes desde 2007, disse que 22 reféns morreram nos bombardeios israelenses. O movimento ameaçou matar os reféns, se Israel continuasse a bombardear alvos civis sem aviso. De acordo com Hecht, 286 soldados israelenses foram mortos nas operações lançadas desde a ofensiva do Hamas.
Fonte: Correio do Povo