O Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul (IPC-UCS) e o valor da Cesta Básica, calculados com base no mês de julho de 2022.
IPC
O Índice de Preços ao Consumidor de Caxias do Sul indica uma queda nos preços de 0,37%, no mês de julho de 2022, contra uma alta de 0,68% do mês anterior. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos últimos doze meses alcançou 11,97%, correspondendo a um aumento médio mensal no período de 0,95%. Esse resultado é superior ao mês anterior, que registrou um índice acumulado de 13,20%.
De acordo com o Instituto, do total de 320 subitens que compõem a estrutura do Índice de Preços ao Consumidor, 113 aumentaram de preços em julho, 88 tiveram seus preços reduzidos e 119 permaneceram com seus preços inalterados.
No mês de referência, dos sete grupos de produtos que compõem o IPC-IPES, quatro apresentaram contribuição positiva para o aumento do índice: alimentação, habitação, vestuário, saúde e higiene pessoal. O subgrupo de transportes apresentou variação negativa. Não apresentaram variação: educação, leitura e recreação, e despesas diversas.
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Cesta Básica
O custo da Cesta Básica observado na cidade de Caxias do Sul, no mês de julho, passou a ser R$ 1.261,39, uma alta de 1,40% em relação ao mês anterior, quando custava R$ 1.243,97. O aumento de R$ 17,41 é inferior à variação verificada no mês de junho, de R$ 27,93.
No mês de julho, observou-se que, dos 47 produtos que compõem a Cesta, 28 aumentaram de preço, 18 tiveram seus preços médios reduzidos, e 1 permaneceu com seu preço inalterado. Por ordem de contribuição positiva, destacaram-se a cerveja, o xampu, os pêssegos em lata, o sabão em pó e a laranja. Os produtos destaques na redução de preços são os apresuntados, costela de suíno, óleo de soja, frango inteiro e coxa de frango.
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Os 47 produtos que integram a Cesta básica de Caxias do Sul são: absorvente externo,
açúcar cristal, alface, apresuntados, arroz (polido e parboilizado), banana, batata-inglesa, biscoitos
(doces e salgados), café moído, café solúvel, capeletti, carne bovina, cebola, cerveja, cigarros,
creme dental, erva para chimarrão, farinha de trigo especial, feijão preto, frango inteiro, gás de
bujão, laranja, leite longa vida, maçã, maionese, massa caseira fresca, massa com ovos, óleo de
soja, ovos de granja, pãezinhos, papel higiênico, pêssegos em lata, queijo lanche fatiado,
refrigerante, sabão em pó, sabonete, salame, salsichão, xampu, tomate, costela de suíno, coxa de
frango, detergente líquido, leite condensado, mamão, pão caseiro e pão de forma.
Expectativa
Na análise do Instituto, a tendência até o final do ano, a nível nacional, é apresentar redução significativa no índice de desemprego. Confira um trecho do documento:
“A se manter essa tendência de crescimento da economia é possível imaginar uma redução acentuada
do desemprego até o final do ano. Um dos estímulos para a contratação se encontra nas micro e pequenas empresas que vem reconstruindo seus quadros de funcionários. O setor de serviços é a prova dessa situação, outro fator é que o custo da mão de obra ainda está barato e portanto, vantajoso contratar. Espera-se que a taxa de desemprego siga se reduzindo podendo chegar a 8,0% até dezembro. Ou seja, muito perto do pleno emprego que no caso brasileiro costuma acontecer em torno dos 6,0%. Espera-se também que a massa real de salários tenha uma expansão superior a 6,0%, no entanto, ainda assim ela será inferior ao valor registrado na pré-pandemia”.