Justiça

Caminhões com gasolina deixam Refap para abastecer BM e empresas de ônibus

Caminhões com gasolina deixam Refap para abastecer BM e empresas de ônibus
Caminhões-tanque saíram escoltados pela polícia (Foto: Governo do Estado RS/divulgação)

Um forte esquema de segurança foi montado com a presença de integrantes do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), neste domingo, dia 27, em Canoas, o que permitiu a saída de quatro caminhões-tanque carregados com combustíveis.

Alguns postos de combustíveis de Porto Alegre e da Região Metropolitana já comercializaram gasolina nesta manhã, apesar do desabastecimento em todo o estado, conforme informou o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Estado (Sulpetro). Durante a tarde, uma operação de escolta foi definida após reunião do gabinete de crise instituído pelo governo do estado, e será realizada pela Brigada Militar. Segundo nota, caminhões carregados com combustíveis sairão dos depósitos das distribuidoras.

O primeiro caminhão seguiu para Sapucaia do Sul e Novo Hamburgo, para abastecer toda a frota de veículos da Brigada Militar (BM). Depois, mais três caminhões escoltados pela polícia militar deixaram a sede e seguiram pela BR-116 para entregar combustível a empresa de transporte coletivo Carris, em Porto Alegre, e também para as empresas de ônibus com sede em Cachoeirinha e Gravataí.

A Polícia Rodoviária Federal realizou mais de 30 escoltas para caminhões com cargas de combustíveis, água mineral e produtos químicos para tratamento de água, e também oxigênio para os hospitais. Os agentes contaram com o apoio do Exército e da Brigada Militar. Além disso, a PRF informa que tem intensificado as autuações de veículos estacionados na pista principal ou lateral das rodovias federais e nos acostamentos.

Petroleiros

No momento em que o governo federal negocia o fim da paralisação dos caminhoneiros, que entrou neste domingo, no sétimo dia, os petroleiros organizam uma greve nacional “de advertência“.A paralisação de 72 horas será a partir de quarta-feira. A mobilização é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados.

Neste domingo, houve atrasos e cortes de rendição nas quatro refinarias e fábricas de fertilizantes: Rlam (BA), Abreu e Lima (PE), Repar (PR), Refinaria Alberto Pasqualini (Refap/RS), Araucária Nitrogenados (PR) e Fafen Bahia.

Nesta segunda-feira, a FUP e seus sindicatos promovem o Dia Nacional de Luta, com atos públicos e mobilizações. Em nota, a FUP informou que a paralisação dos petroleiros pretende pressionar o governo federal a reduzir os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, também é uma manifestação contra a eventual proposta de privatização da Petrobras e a gestão do presidente da empresa, Pedro Parente. “A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve por tempo indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria”, diz o comunicado da FUP.